Correia: ‘a normalidade democrática só é possível com golpistas na prisão’ (vídeo)
O parlamentar convocou a população para defender rapidez no julgamento de Bolsonaro e aliados no STF
247 - O deputado federal Rogério Correia (PT-MG) afirmou nesta quarta-feira (13) que é “hora de mobilizar a sociedade” para defender a prisão de Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados por envolvimento no plano golpista. O parlamentar fez a convocação após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cristiano Zanin Martins marcar para o dia 25 de março o julgamento do ex-mandatário STF e de mais seis investigados no inquérito da trama golpista.
“Bolsonaro pode chegar a 30 anos de cadeia. A normalidade democrática e a pacificação do país… só com esses golpistas presos”, disse Correia em vídeo na rede social X.
O petista convocou a população para defender a prisão de Bolsonaro, seja nas ruas ou na internet. “É hora da gente mobilizar a sociedade para que se faça justiça. Não podemos permitir que Bolsonaro fuja. É nítido em Brasília o plano de fuga de Jair Bolsonaro. Exigimos rapidez no julgamento dos crimes”.
A hipótese de fuga, mencionada pelo deputado, não ocorreu à toa. Em 2024, uma reportagem do New York Times (EUA) afirmou que Bolsonaro ficou por dois dias na Embaixada da Hungria, em Brasília (DF), entre os dias 12 e 14 de fevereiro do ano passado, após ter tido o passaporte apreendido pela Polícia Federal. Ele não poderia ser detido em uma embaixada estrangeira, porque uma eventual prisão está legalmente fora do alcance das autoridades nacionais.
A defesa de Bolsonaro disse que ele foi à embaixada “para manter contatos com autoridades do país amigo”. “Nos dias em que esteve hospedado na embaixada magiar [húngara], a convite, o ex-presidente brasileiro conversou com inúmeras autoridades do país amigo atualizando os cenários políticos das duas nações. Quaisquer outras interpretações que extrapolem as informações aqui repassadas se constituem em evidente obra ficcional, sem relação com a realidade dos fatos e são, na prática, mais um rol de fake news”.
A ordem para a apreensão do passaporte partiu do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, após o início do acordo de delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, também denunciado no inquérito da trama golpista.
A partir da colaboração premiada do militar, investigadores da PGR podem oferecer novas denúncias contra Bolsonaro, alvo de outros dois indiciamentos da Polícia Federal - um deles foi na investigação de fraudes em cartões de vacinação e o outro no inquérito sobre venda ilegal de joias que, por lei, devem pertencer ao Estado brasileiro, não podendo ser incorporadas a patrimônio pessoal.
No final de março serão julgados Bolsonaro, general Braga Netto e mais seis investigados: Mauro Cid, Almir Garnier (ex-comandante da Marinha), General Augusto Heleno (ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional), Paulo Sérgio Nogueira (general do Exército e ex-ministro da Defesa), Anderson Torres (ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do Distrito Federal) e Alexandre Ramagem (ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência - Abin).
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