Correia: ‘os próprios envolvidos na trama golpista deixaram inúmeras provas impressas e auditáveis’ (vídeo)
Denunciados pela PGR, bolsonaristas fizeram uma acusação sem provas, ao dizer que o sistema eleitoral não é auditável, e defenderam o voto impresso
247 - O deputado federal Rogério Correia (PT-MG) criticou Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados nesta quarta-feira (19) ao afirmar que os próprios envolvidos no plano golpista conseguiram deixar provas da tentativa de ruptura institucional. A Procuradoria-Geral da República denunciou Jair Bolsonaro e mais 33 pessoas por envolvimento na trama golpista.
“São tão eficientes e patriotas que nos deixaram inúmeras provas impressas e auditáveis. Vão negar também, da mesma forma como negaram as vacinas?”, escreveu o parlamentar na rede social X.
Durante o mandato bolsonarista, seus aliados atacaram verbalmente as urnas eletrônicas brasileiras, com o objetivo de fazer a população acreditar que o sistema eleitoral brasileiro não tem segurança contra fraudes e não é auditável. Também defenderam o voto impresso em 2022 e a participação das Forças Armadas na apuração do resultado da eleição presidencial.
Ao comentar sobre as apreensões feitas por investigadores, Correia fez referência às três cópias do plano conspiratório impressas por Mario Fernandes, ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência. De acordo com a PGR, o general também trocou mensagens em um grupo de WhatsApp chamado "Acompanhamento".
As investigações apontaram que Fernandes encaminhou um áudio ao tenente-coronel Mauro Cid e confirmou que Bolsonaro tinha pleno conhecimento do plano e esperava sua execução antes do fim de seu mandato.
A PGR denunciou Bolsonaro, Mauro Cid e mais 32 pessoas no inquérito do plano golpista. Na investigação, 11 pessoas indiciadas pela Polícia Federal não foram denunciadas pela Procuradoria, entre elas o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto.
Em nota, a defesa de Bolsonaro informou ter ficado “estarrecida e indignada com a denúncia”. Assinado pelo advogado Paulo Cunha Bueno, o texto afirmou que o ex-mandatário “jamais compactuou com qualquer movimento que visasse a desconstrução do Estado Democrático de Direito ou as instituições que o pavimentam”.
A defesa de Braga Netto afirmou que a denúncia é “fantasiosa” e “não apaga a sua história ilibada de mais de 40 anos de serviços ao Exército brasileiro”. “O general Braga Betto está preso há mais de 60 dias e ainda não teve amplo acesso aos autos, encontra-se preso em razão de uma delação premiada que não lhe foi permitido conhecer e contraditar. A defesa confia na Corte, que o STF irá colocar essa malfadada investigação nos trilhos”, afirmaram.
❗ Se você tem algum posicionamento a acrescentar nesta matéria ou alguma correção a fazer, entre em contato com redacao@brasil247.com.br.
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no Telegram do 247 e no canal do 247 no WhatsApp.
iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista: