Defesa Civil de SP diz que alertou prefeitura sobre falta de pessoal e EPIs em quedas de árvores

247 - A Defesa Civil de São Paulo alertou, mais uma vez, a Prefeitura sobre a insuficiência de pessoal para responder a emergências fora do horário comercial, especialmente em situações como o vendaval que atingiu a cidade no dia 11 de outubro e deixou mais de 1,3 milhão de pessoas sem energia. De acordo com o coordenador da Defesa Civil, Ailton Rodrigues de Oliveira, o número de equipes disponíveis não é suficiente para atender a demanda durante eventos climáticos severos. De acordo com reportagem da Folha, esse novo aviso foi dado horas antes da tempestade, em reunião do Plano Preventivo de Chuvas de Verão (PPCV), que ainda carece de ajustes antes da temporada de verão.

O coordenador ressaltou que, embora as equipes de poda e remoção de árvores atuem em plantão, os contratos de manejo arbóreo ainda limitam as operações após o horário comercial. O próprio plano de chuvas do verão passado já indicava essa pendência, que se repetiu para a próxima temporada. Dados da Defesa Civil mostram que o pico de ocorrências de queda de árvores ocorre entre 17h e 18h, após o encerramento do expediente regular das equipes. Durante o vendaval de outubro, cerca de 380 árvores caíram na capital, mas as equipes disponíveis não foram suficientes para lidar com a situação no mesmo dia.

Em resposta, a Prefeitura de São Paulo refutou as declarações da Defesa Civil, afirmando que há plantões ativos e que todas as equipes possuem Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) adequados para as operações. Além disso, a gestão Ricardo Nunes destacou que já foi aberto um processo para a compra de novos equipamentos e uniformes para reforçar as operações. Apesar disso, a falta de pessoal e recursos continua sendo uma preocupação expressa por membros da Defesa Civil, que recentemente enfrentaram dificuldades até mesmo para garantir EPIs em regiões como o Ipiranga, de acordo com um ofício emitido pelo setor.