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Durante evento com Nunes, lideranças da periferia criticam escolha de vice bolsonarista da PM

"Nós que somos favela não aceitamos mais armas na comunidade”, disse o líder comunitário Guilherme Corrêa

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (Foto: GOVSP)

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247 - O líder comunitário Guilherme Corrêa criticou publicamente o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), por conta da escolha do bolsonarista Ricardo Mello Araújo (PL), coronel da reserva, como seu vice. "Nós que somos favela não aceitamos mais armas na comunidade. A gente quer livros, Bíblia, pessoas com o olhar social. Favela é tudo menos arma. Favela não tem vagabundo", disse Corrêa na inauguração de um campo de futebol na Vila dos Andrades, que contou com a presença do prefeito.

Segundo a Folha de S. Paulo, líderes partidários e aliados de Nunes têm alertado o prefeito sobre os riscos de trazer Mello Araújo para a sua campanha em regiões periféricas, onde a Polícia Militar não é bem vista. Nas eleições de 2020 e 2022, vereadores relataram que foram impedidos de fazer campanha em alguns bairros por terem seus nomes atrelados à gestão do PSDB, que comandava a polícia.

Os aliados do prefeito que atuam nessas regiões também temem o efeito negativo de trazer o nome de Mello Araújo nos “santinhos” e demais materiais de campanha.

Nos primeiros meses de 2024, a gestão do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), aliado de Ricardo Nunes, promoveu a Operação Verão, que executou 56 suspeitos em confrontos com a Polícia Militar. Tarcísio chegou a ser denunciado na ONU por violação dos direitos humanos por conta das mortes no litoral paulista.

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