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    Eduardo Paes enquadra Moro: "recolha-se à sua insignificância"

    Prefeito do Rio e senador trocaram farpas em uma rede social após o juiz Marcelo Bretas dizer que os participantes da trama golpista não podem ser punidos

    Eduardo Paes e Sergio Moro (Foto: Reprodução | REUTERS/Adriano Machado)

    247 - O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), e o ex-juiz suspeito e senador Sergio Moro (União Brasil-PR) protagonizaram uma acalorada discussão na rede social X (antigo Twitter). O bate-boca começou após Paes criticar o juiz federal Marcelo Bretas, chamando-o de “delinquente”, em resposta a uma publicação do magistrado que abordava, de forma indireta, a tentativa de golpe de Estado de 2022 - que incluía o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin, e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes -, argumentando que crimes não concretizados não poderiam ser punidos.

    “Delinquente sendo delinquente”, escreveu Paes, em alusão a Bretas, que ficou conhecido por conduzir operações da Lava Jato no Rio de Janeiro. O comentário atraiu a reação de Sergio Moro, ex-colega de Bretas na magistratura, que rebateu: “delinquentes eram os seus amigos que ele prendeu”.

    A resposta de Moro provocou uma forte reação de Paes, que criticou duramente o ex-juiz e seu antigo aliado. “Vocês dois [Bretas e Moro] são o exemplo do que não deve ser o Judiciário. Destruíram a luta contra a corrupção graças à ambição política de ambos. Você ainda conseguiu um emprego de ministro da Justiça e foi mais longe na política. Esse aí [Bretas] nem isso. Ele era desprezado pelo próprio Bolsonaro, que fez uso eleitoral das posições dele. E quem me disse isso foi o próprio ex-presidente. Recolha-se a sua insignificância. Aqui você não cresce! Lixo!”, disparou o prefeito.

    Marcelo Bretas também se envolveu no embate, respondendo ao prefeito com um tom de ameaça velada. “Palhaço. Eu conheço o seu passado, e ele não é nada engraçado. Sua hora vai chegar!”, postou

    O episódio ocorreu um dia após a Polícia Federal indiciar Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado e organização criminosa. O relatório da PF apontou um suposto plano para impedir a posse do presidente Lula, além de ameaças de assassinato contra o próprio Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do STF Alexandre de Moraes, que presidia o TSE à época.


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