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    Em encontro com Lula, Pacheco diz que não assumirá ministério

    Ex-presidente do Senado reforça apoio a Lula, mas rejeita integrar o primeiro escalão do governo e mira futuro político em Minas

    Rodrigo Pacheco e Lula (Foto: Ricardo Stuckert)
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    247 - O ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), comunicou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que não pretende assumir nenhum ministério no governo. O encontro entre os dois, segundo o jornal O Estado de S. Paulo, ocorreu no sábado (15), no Palácio da Alvorada, e contou com a presença do atual presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). 

    Pacheco afirmou que, nos próximos meses, quer concentrar esforços no mandato no Senado e trabalhar para destravar pautas prioritárias na Casa. Apesar da recusa em compor o primeiro escalão do governo, ele garantiu que seguirá apoiando o Planalto e atuando como aliado no Congresso.

    Nos bastidores, a negativa de Pacheco não foi apenas uma decisão pessoal, mas também uma consequência da falta de espaço para acomodá-lo. O senador tinha interesse em chefiar o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, ocupado por Geraldo Alckmin, ou o Ministério da Justiça, comandado por Ricardo Lewandowski. No entanto, nenhum dos dois ministros sinalizou disposição para deixar seus cargos, e Lula não indicou qualquer intenção de substituí-los.

    Desde que surgiram especulações sobre sua possível entrada no governo, aliados do senador indicavam que ele não se movimentaria para forçar a saída de nenhum ministro, avaliando que essa decisão caberia exclusivamente ao presidente da República. O receio de que a troca de Alckmin ou Lewandowski gerasse desgaste interno também pesou na escolha de Pacheco.

    A indefinição sobre sua posição vinha se arrastando desde o ano passado. Em conversas privadas, ele chegou a dizer que gostaria de um período de descanso após deixar a presidência do Senado, mas, ao mesmo tempo, demonstrou interesse em assumir uma pasta estratégica. Após concluir seu mandato na chefia do Congresso, Pacheco passou algumas semanas nos Estados Unidos, enquanto petistas articulavam sua nomeação para um ministério. No entanto, as negociações não avançaram.

    A recusa do senador gera incertezas sobre seu futuro político. Em janeiro, Lula manifestou interesse em lançá-lo como candidato ao governo de Minas Gerais em 2026. Dentro do Planalto, a avaliação é que, sem o comando de um ministério de grande projeção, Pacheco pode enfrentar dificuldades para se viabilizar eleitoralmente. 

    Para ministros próximos ao presidente, manter sua agenda no Senado e fortalecer sua base em Minas seria mais estratégico do que ingressar no governo e dividir atenções com pautas nacionais.

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