Bilionário, Rubens Menin diz que o Bolsa Família está grande e precisa diminuir
Ao justificar a sua posição, o fundador da MRV e do banco Inter disse que o governo e a população precisam de 'consciência tributária'
247 - Fundador da MRV, do banco Inter e da CNN Brasil, o empresário Rubens Menin afirmou nesta quarta-feira (26) que o Brasil não tem dinheiro para programas de renda como o Bolsa Família e o BPC (Benefício de Prestação Continuada).
"Neste momento de discussão de déficit público, nós precisamos ter consciência tributária. Nós precisamos, por exemplo, do Bolsa Família? Lógico que precisamos, o Brasil é um país cheio de mazelas. Ele está grande, precisamos diminuir", afirmou o dirigente, que participou de um painel em evento do BTG Pactual, ao lado de outros empresários.
"Hoje o BPC mais Bolsa Família estão em quase R$ 300 bilhões no ano. Nós não temos dinheiro para isso. Tem que entender que nós estamos dando aquele benefício. Queremos dar. Na hora que a gente tiver uma consciência tributária e fiscal melhor discutida com toda a sociedade, nós vamos achar a luz no fim do túnel".
O dinheiro destinado ao programa Bolsa Família foi de R$ 168,6 bilhões em 2024. No Orçamento de 2025, o governo reservou R$ 167,2 bilhões. Para o BPC, são gastos mais de R$ 100 bilhões. O BPC é um salário mínimo para pessoas com deficiência e idosos de baixa renda - o mínimo foi R$ 1.412, 00 em 2024, mas em 2025 aumentou para R$ 1.518, alta de 7,5%, ou R$ 106.
De acordo com detalhes fornecidos pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, para ter direito ao Bolsa Família, a principal regra é que a renda de cada pessoa da família seja de, no máximo, R$ 218 por mês.Se apenas um integrante da família tem renda e recebe um salário mínimo (R$ 1.518), e nessa família há sete pessoas, a renda de cada um é de R$ 216,85. Como está abaixo do limite de R$ 218 por pessoa, essa família tem o direito de receber o benefício.
Conforme uma cartilha divulgada pela pasta, 58% do público de 54 milhões de pessoas atendidas são mulheres e meninas; 83% das responsáveis familiares das famílias beneficiárias são mulheres, e 51,5% das famílias beneficiárias são chefiadas por mães solo.
Comandado por Wellington Dias, o ministério informou que cerca de 73% dos beneficiários se identificam como pretos ou pardos; mais de 233 mil famílias indígenas e mais de 265 mil quilombolas. As estatísticas também apontaram que cerca de 400 mil famílias de catadores e mais de 230 mil famílias em situação de rua são beneficiárias do programa.
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