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"Fizemos o que muita gente tentou, mas ninguém conseguiu", diz Tarcísio, sobre a entrega da Sabesp

Venda foi amplamente questionada pela sociedade

Cerimônia de venda da Sabesp na B3 (Foto: Mônica Andrade/Governo do Estado de SP)

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247 – Nesta terça-feira, o Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, anunciou a conclusão da privatização da Sabesp, a maior empresa de saneamento do Brasil. "Estamos fazendo o que muita gente tentou, mas ninguém conseguiu. Privatizamos a Sabesp!", declarou Freitas em uma postagem na rede social X. Segundo ele, esta medida antecipa em quatro anos os planos de saneamento para todas as áreas do estado, incluindo favelas e regiões rurais, que até então careciam desse serviço essencial.

A transação, porém, gerou polêmica e foi amplamente contestada pela sociedade e por figuras políticas. O deputado federal Carlos Zarattini (PT-SP) expressou forte oposição à venda, acusando o governador de beneficiar principalmente o mercado financeiro e os investidores, em detrimento da população. "A maioria foi contra esse absurdo, e agora terá que arcar com as consequências desse leilão criminoso", protestou Zarattini em sua conta no X. A venda das ações da Sabesp ocorreu a R$ 67 por papel, valor 18,3% abaixo do preço de fechamento na bolsa de valores, levantando questionamentos sobre as perdas financeiras para o estado, estimadas em pelo menos R$ 4,5 bilhões.

A Equatorial Energia, nova investidora estratégica da Sabesp, adquiriu uma participação de 15% na companhia por cerca de R$ 7 bilhões, um movimento que também levantou dúvidas, dado que a empresa até então possuía uma atuação limitada no setor de saneamento. Juristas e especialistas, como Pedro Serrano, também se manifestaram, descrevendo a privatização como uma "tragédia para o interesse público", enfatizando o risco e a moralidade questionável do negócio.

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