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    Gritzbach revelou a policiais locais onde o PCC guardava dinheiro

    Agentes se apropriaram de milhões de reais em casas cofre da facção, causando prejuízo de R$90 milhões para criminosos

    Vinícius Gritzbach (Foto: Reprodução)
    Otávio Rosso avatar
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    247 - O delator da organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), Vinícius Gritzbach, morto no Aeroporto de Guarulhos em novembro do ano passado, informou a policiais civis a localização de 15 casas cofre da facção. Esses locais, onde estavam escondidos milhões de reais em espécie, foram alvo de policiais civis, que, segundo a denúncia, teriam invadido os imóveis sem mandado judicial e se apropriado do dinheiro, gerando um prejuízo de R$90 milhões para o PCC. As informações são do Metrópoles.

    Os policiais envolvidos seriam os investigadores Valdenir Paulo de Almeida, conhecido como "Xixo", e Valmir Pinheiro, apelidado de "Bolsonaro". A denúncia partiu de um integrante do PCC, identificado como Tacitus, que enviou mensagens a Gritzbach e a delegados, revelando o esquema. "O Vinícius passou informações das ‘casas cofre’ para o Xixo e o Pinheiro, esses policiais invadiram as casas ‘cofre’ sem mandado judicial, roubaram milhões de reais em espécie da ‘empresa’", relatou o faccionado em uma das mensagens.

    Tacitus também orientou uma delegada sobre como coletar provas do envolvimento dos policiais. "De posse dessa informação e dos endereços que o Vinícius lhe passou, é só coletar as câmeras da vizinhança e obterá, dentro da lei, todas as provas necessárias para que assim os responsáveis sintam o peso da Justiça", disse o criminoso, que ainda usou a palavra "vermíssimos" para se referir a Xixo e Pinheiro em mensagens enviadas a Gritzbach. "Você é um sem futuro, só que é um sem futuro que está blindado, deve ter distribuído dinheiro para toda a polícia", afirmou Tacitus, em tom de vingança. "Quando conseguirmos isso, vamos nos trombar pessoalmente, seu verme", ameaçou o faccionado.

    Além disso, Valdenir Paulo de Almeida e Valmir Pinheiro já haviam sido presos em setembro de 2024 pela Polícia Federal, acusados de receber R$800 mil do narcotraficante João Carlos Camisa Nova Júnior, com o objetivo de livrá-lo de uma investigação sobre exportação de toneladas de cocaína para a Europa. No entanto, a Polícia Federal ainda não identificou o verdadeiro nome de Tacitus, que também deu nome à operação deflagrada pela PF em 17 de dezembro, que resultou na prisão de cinco policiais civis e três integrantes do PCC, delatados por Gritzbach.

    Entre os policiais presos estão os investigadores Rogério Almeida Felício, o Rogerinho, Eduardo Monteiro e o delegado Fabio Baena Martin, que era responsável pela 2ª Divisão de Homicídios do DHPP quando as investigações sobre o assassinato de Anselmo Santa Fausta, chefe do PCC, foram iniciadas. Os acusados são suspeitos de extorquir Gritzbach, exigindo R$ 40 milhões para liberá-lo da investigação. Mais tarde, Gritzbach se tornaria réu por homicídio, e o esquema de extorsão pelos policiais civis foi desvendado.

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