Indiciado como ladrão de joias, Bolsonaro vira figura tóxica para campanha de Nunes em São Paulo
A equipe de campanha de Nunes já está ciente de que o indiciamento de Bolsonaro será explorado pelo seu principal concorrente, Guilherme Boulos
247 - O apoio de Jair Bolsonaro (PL) à candidatura de Ricardo Nunes (MDB) para a Prefeitura de São Paulo está causando preocupações dentro do próprio partido de Nunes, segundo Ricardo Noblat, do Metrópoles. Deputados do MDB paulista consideram a presença do ex-presidente no palanque de Nunes problemática, principalmente após o recente indiciamento de Bolsonaro relacionado ao caso das joias.
Ricardo Nunes, atual prefeito de São Paulo, recebeu o apoio e a indicação de Bolsonaro para o seu vice, mas a equipe de campanha de Nunes já está ciente de que a situação pode ser explorada pelo seu principal concorrente, Guilherme Boulos (Psol). Boulos deve utilizar o tema dos indiciamentos de Bolsonaro em sua estratégia eleitoral, especialmente considerando um possível terceiro indiciamento que envolve a tentativa de golpe de Estado e a participação nos eventos de 8 de janeiro. A Polícia Federal deve concluir este inquérito até agosto.
Dentro do MDB, a percepção é que não há uma estratégia clara para defender Bolsonaro além de afirmar que ele foi indiciado, mas não denunciado ou condenado. Discutir os méritos dos indiciamentos não está nos planos do partido.
A situação de Nunes é ainda mais delicada à luz da última pesquisa do Datafolha. O levantamento indica que 56% dos eleitores mudariam seu voto para prefeito se o candidato fosse apoiado por um político rejeitado por eles. Especificamente, 65% dos eleitores afirmaram que não votariam de forma alguma em um candidato apoiado por Jair Bolsonaro.
Os números da pesquisa mostram uma corrida apertada entre Ricardo Nunes e Guilherme Boulos. Nunes aparece com 24% das intenções de voto, apenas um ponto percentual à frente de Boulos, que tem 23%. Outros candidatos também figuram na disputa, como Datena (PSDB) com 11%, Pablo Marçal (PRTB) com 10%, Tabata Amaral (PSB) com 7%, Marina Helena (Novo) com 5%, e Kim Kataguiri (União Brasil) com 3%. Os candidatos Altino (PSTU), Ricardo Senese (UP), João Pimenta (PCO) e Fernando Fantauzzi (DC) aparecem com 1% cada um. Votos em branco, nulos ou de eleitores indecisos somam 13%.
A pesquisa Datafolha foi realizada entre os dias 2 e 4 de julho, com 1.092 eleitores de 16 anos ou mais, e tem uma margem de erro de 3 pontos percentuais para mais ou para menos. O levantamento foi encomendado pela Folha de S. Paulo e registrado na Justiça Eleitoral sob o número SP-001178/2024.
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