Jandira sobre Abin Paralela: 'mais chocados ficamos com as extensões criminosas do gabinete do ódio'
"Sem anistia pra golpista!", afirmou a parlamentar
247 - A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) alertou nesta quinta-feira (11) para a importância das investigações da Polícia Federal sobre o uso ilegal da Agência Brasileira de Inteligência durante o governo Jair Bolsonaro (PL). De acordo com a parlamentar, "quanto mais a Polícia Federal se aprofunda nas investigações, mais chocados ficamos com as extensões criminosas do gabinete do ódio" que "produzia fake news em escala industrial". "A Justiça vem. Sem anistia pra golpista!", afirmou.
"A Abin paralela chefiada por Alexandre Ramagem (candidato bolsonarista à prefeitura do Rio) espionou jornalistas, deputados, senadores, o presidente da Câmara, ministros do STF e membros da sociedade civil. Ramagem gravou até mesmo conversa com Bolsonaro, em que planejavam blindar o filho '01' do ex-presidente no caso das rachadinhas. A investigação também tem como alvo Carlos Bolsonaro, o filho '02', apontado como o cabeça do gabinete do ódio, que produzia fake news em escala industrial", complementou.
A Polícia Federal (PF) aponta que a estrutura da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) foi utilizada durante o governo de Jair Bolsonaro para favorecer dois filhos do ex-presidente.
Segundo a corporação, agentes que participaram do monitoramento ilegal buscaram informações sobre investigações envolvendo Jair Renan e o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).
A conclusão está no relatório da investigação chamada de Abin Paralela pelo Supremo Tribunal Federal (STF) após a retirada do sigilo do inquérito que apura do caso. De acordo com a PF, um policial federal que atuava na agência foi designado para espionar Allan Lucena, ex-sócio de Jair Renan em uma empresa de eventos. O filho do ex-presidente é acusado de tráfico de influência e lavagem de dinheiro pelo Ministério Público.
No caso de Flávio Bolsonaro, as ações clandestinas de monitoramento ocorreram contra três auditores da Receita Federal responsáveis pela investigação sobre "rachadinha" no gabinete de Flávio quando ele ocupava do cargo de deputado estadual.
Segundo os investigadores, as buscas por informações sobre os auditores foi determinada pelo deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), então diretor da Abin.
Defesa
Pelas redes sociais, o senador Flávio Bolsonaro disse que a divulgação do relatório de investigação foi feita para prejudicar a candidatura de Ramagem à prefeitura do Rio de Janeiro.
"Simplesmente não existia nenhuma relação minha com Abin. Minha defesa atacava questões processuais, portanto, nenhuma utilidade que a Abin pudesse ter. A divulgação desse tipo de documento, às vésperas das eleições, apenas tem o objetivo de prejudicar a candidatura de Delgado Ramagem à prefeitura do Rio de Janeiro", afirmou o senador (com informações da Agência Brasil).
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