Jovem baleada por PRFs surpreende com boa recuperação no hospital

247 - A jovem Juliana Leite Rangel, de 26 anos, baleada na cabeça por policiais rodoviários federais, continua a surpreender os médicos do Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes (HMAPN) com sua recuperação. Internada desde a noite de 24 de dezembro em estado gravíssimo, Juliana já apresenta avanços que reacendem a esperança de familiares e amigos, informa o jornal O Globo.   

Segundo Deyse Rangel, mãe da jovem, Juliana está demonstrando interações significativas, mesmo ainda internada no Centro de Terapia Intensiva (CTI). "Os médicos falam que ela está tendo um recuperação boa, eles estão até surpreendidos com a melhora dela. Hoje a Juju já estava se comunicando com os olhos, a gente perguntava e ela piscava concordando. Ela também está fazendo gestos com a boca, então conseguimos conversar com ela. Hoje ela teve coragem até de pedir para tomar refrigerante, acredita? Uma pena que tive que dizer que agora ela não pode".

Apesar do avanço, a família reconhece que o caminho para a plena recuperação é longo. Deyse destacou a alegria de ver a melhora da filha, mas reforçou que os médicos pedem cautela: "está todo mundo numa felicidade sem palavras. A família toda está muito feliz, todo mundo falando que quando a Ju sair vai fazer aquela festa. Só temos a agradecer a Deus, a equipe do hospital e aos PMs que nós ajudaram. Ela está no CTI ainda e não tem previsão de alta, não querem deixar a gente com expectativa. Os médicos já nos falaram para não termos pressa, que a recuperação dela é de tijolinho em tijolinho para ficar perfeita, sem sequela".

Hospital confirma progressos neurológicos - Em nota oficial, o HMAPN informou que Juliana já respira espontaneamente por meio de uma traqueostomia, sem necessidade de ventilação mecânica desde quarta-feira. O hospital detalhou que a paciente apresenta abertura ocular espontânea, boa interação com o ambiente e sinais neurológicos positivos.  

Ainda segundo o hospital, não há sinais de sequelas permanentes irreversíveis até o momento, mas a recuperação das funções motoras e cognitivas segue em estágio inicial.