Lula defende programa de renegociação das dívidas estaduais e critica Zema
Por outro lado, o presidente agradeceu Rodrigo Pacheco, seu candidato ao governo mineiro, pelo empenho na renegociação
247 - Em entrevista concedida nesta quarta-feira (5) às rádios Itatiaia, Mundo Melhor e BandNewsFM BH, o presidente Lula (PT) criticou o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), por não respeitar o programa de renegociação das dívidas dos Estados com a União. Lula lembrou que, durante o governo anterior, Zema e sua equipe “não conseguiram fazer” um acordo para o pagamento dos débitos mineiros, relata o InfoMoney, citando o Estadão Conteúdo.
“É muito estranho que a gente faça esse acordo, Minas Gerais deixa de pagar os juros, e que 60% do que não pagar deverá ser investido na educação, saneamento, habitação. E fico sabendo que o governador de Minas Gerais tem feito críticas e disse que vai recorrer para derrubar o veto que fiz em tudo o que a AGU disse que era inconstitucional. Fiz o veto consciente de que o Congresso pode derrubar o veto, tem a soberania”, afirmou Lula. O presidente destacou que o programa de reestruturação, conhecido como Propag, foi criado para beneficiar os Estados endividados, e não o governo federal.
Lula também elogiou o ex-presidente do Senado Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que teve papel fundamental nas negociações para a aprovação do projeto de lei que viabilizou o acordo. “Sou muito agradecido ao Pacheco, porque o acordo pela dívida de MG só aconteceu por causa do Pacheco, porque ele se dedicou para que a gente pudesse concluir esse acordo”, declarou o presidente. Pacheco, que é natural de Minas Gerais, foi um dos articuladores do entendimento entre o governo federal e os Estados para a renegociação dos débitos.
O programa Propag permite que os Estados renegociem suas dívidas com a União, com a condição de que parte dos recursos economizados seja reinvestida em áreas prioritárias, como educação, saneamento básico e habitação. No caso de Minas Gerais, a adesão ao programa poderia significar um alívio significativo nas contas públicas do Estado, que enfrenta uma crise financeira há anos. No entanto, Zema tem se mostrado crítico ao acordo, alegando que ele pode trazer prejuízos ao Estado a longo prazo.
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