PM de Tarcísio assassina mãe de seis filhos em nova etapa da Operação Verão
Operação Verão, deflagrada em dezembro pelo governo Tarcísio de Freitas, já deixou 55 pessoas mortas
247 - Uma mulher de 31 anos morreu após ser baleada na cabeça durante uma operação policial em Santos, no litoral de São Paulo. Segundo a Folha de S. Paulo, Edneia Fernandes, 31 anos, foi atingida na noite de quarta-feira (27), quando estava em uma praça da cidade. Ela chegou a ser socorrida por transeuntes, mas faleceu um dia após a internação em um hospital local. Com a morte dela, sobe para 55 o número de mortos em três meses da ação policial na Baixada Santista.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP) do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos), policiais militares realizavam patrulhamento na área quando avistaram dois homens em uma motocicleta e tentaram abordá-los. Os suspeitos, no entanto, teriam ignorado a ordem de parada e supostamente dispararam contra os policiais, desencadeando uma troca de tiros. Neste momento, Edneia Fernandes, mãe de seis filhos, teria sido baleada.
A versão da polícia, porém, é contestada por testemunhas que afirmaram à TV Globo que houve apenas um disparo que teria sido feito quando três motos da Rocam (Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas) passaram pelo local.
Também na quarta-feira, um homem foi morto por agentes do 6º Baep (Batalhão de Ações Especiais de Polícia), no Guarujá. Segundo a polícia, ele teria atirado contra os agentes durante uma incursão para combater o tráfico de drogas e o suspeito teria sido morto durante o suposto confronto.
As ações da Polícia Militar durante a Operação Verão têm sido objeto de críticas. O secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, afirmou não reconhecer excessos por parte da PM, enquanto a Ouvidoria da Polícia relatou ter encaminhado 27 queixas de abusos ao governo do estado entre janeiro e fevereiro. O governo Tarcísio de Freitas declarou que todos os casos de mortes em confronto são rigorosamente investigados pela Polícia Civil e Militar, com acompanhamento do Ministério Público e do Poder Judiciário.
Em meio à crescente preocupação com a violência na região, organizações de direitos humanos levaram suas denúncias sobre as ações da PM no litoral até a ONU. No último dia 8, o governador fez declarações polêmicas ao afirmar "não estar nem aí" para as possíveis denúncias de violações apresentadas perante o colegiado internacional.
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