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Mercadante rebate Tarcísio e exige "respeito" do governador ao BNDES

"O Brasil precisa elevar as relações republicanas para melhorar o investimento e a qualidade de vida das pessoas", defende o presidente do BNDES

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, em audiência no Senado (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)

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247 - O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, respondeu firmemente ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), exigindo um tratamento de "respeito" ao banco. O posicionamento de Mercadante acontece após o presidente Lula (PT), no final de semana, ladeado pelo pré-candidato a prefeito de São Paulo Guilherme Boulos (Psol), reclamar das ausências do prefeito, Ricardo Nunes (MDB), e de Tarcísio em um evento sobre a expansão da linha 5 do metrô. 

Na ocasião, Lula disse que gostaria de assinar a contratação da estação no Jardim Ângela, mas que não poderia fazê-lo sem Nunes e Tarcísio: "é importante a gente fazer isso junto com o governador e com o prefeito". Momentos depois, Tarcísio publicou uma foto comendo um hambúrguer e afirmou: "almoçado com a tranquilidade de quem sabe que o aditivo do contrato que vai levar a Linha 5 do Metrô até o Jardim Ângela está assinado".

Mercadante, então, segundo Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, respondeu: "eu li essa declaração do governador, feita em uma lanchonete. O BNDES merece mais respeito". Segundo o presidente o BNDES, há um acordo para que os investimentos sejam anunciados de forma conjunta, o que não estaria sendo cumprido por Tarcísio. 

Ele ainda lembrou da liberação de recursos do banco ao estado de São Paulo: "desde 2023, o banco já aprovou impressionantes R$ 11,3 bilhões para o estado de São Paulo, que serão liberados nos próximos anos. Do total, R$ 6,4 bilhões foram para o trem intercidades, R$ 2,6 bilhões para a Linha 6 do Metrô".

Segundo o chefe do banco, o presidente Lula "orientou que o BNDES desse um tratamento republicano aos estados, independentemente de eleições passadas ou futuras". Mercadante pediu, então, que o tratamento seja recíproco. "O ambiente de polarização não leva a nada. O Brasil precisa elevar as relações republicanas para melhorar o investimento e a qualidade de vida das pessoas", segue ele. "O [Jair] Bolsonaro destruiu esses valores, que nós estamos tentando reconstruir". 

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