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Número de suicídios de policiais militares bate recorde no 1º ano do governo Tarcísio

Foram registrados 43 casos em 2023, um aumento de 30% em relação aos 33 de 2022 e quase o dobro dos 22 ocorridos em 2015

Tarcísio de Freitas (Foto: Francisco Cepeda/Governo do Estado de SP)

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247 - O número de suicídios entre policiais militares de São Paulo alcançou um número recorde no primeiro ano da administração do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). Segundo a Folha de S. Paulo, em 2023 foram registrados 43 casos, um aumento de 30% em relação aos 33 de 2022 e quase o dobro dos 22 ocorridos em 2015.

Os dados incluem informações tanto de policiais ativos quanto de aposentados que ainda são monitorados pela corporação. Os 43 suicídios registrados em 2023 superam o número de policiais mortos em serviço, fora de serviço e aposentados assassinados, que somaram 31 casos no mesmo ano.

Ainda conforme a reportagem, desde 2015 foram registrados 261 suicídios entre policiais militares, com 90% das vítimas sendo praças, como soldados, cabos e sargentos. Do total, 65% estavam na ativa e 35% eram aposentados. Apesar de uma redução no efetivo policial de 89.483 em 2015 para 79.045 em 2023, o número de suicídios aumentou, destoando da queda nos casos de policiais assassinados, que caiu de 64 em 2015 para 31 em 2023.

A taxa de suicídios entre policiais militares em São Paulo é de 4 por 10 mil, o dobro da média nacional de 1,97 por 10 mil, conforme dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2022. Esta taxa também é superior à de países como Estados Unidos (2 por 10 mil) e Inglaterra (1 por 10 mil).

O governo de São Paulo emitiu uma nota através da Secretaria da Segurança Pública afirmando que mantém programas de suporte ao bem-estar e atendimento psicológico, como o Sistema de Saúde Mental (SISMen). Este sistema oferece atendimento psicossocial na capital e em 41 Núcleos de Atenção Psicossocial em todo o estado.

Oficiais ouvidos pela reportagem apontam várias razões para o aumento dos suicídios, incluindo a falta de períodos de lazer e descanso, já que muitos policiais utilizam suas folgas para trabalhos extras. Isso resulta em cansaço excessivo e problemas familiares, agravando a saúde mental. Além disso, há relatos de que os programas de recuperação mental foram alterados, com períodos de afastamento muito curtos após situações de alto estresse.

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