Nunes ironiza condições de Marçal para apoio e diz que ele é "muito ruim de prognóstico"

247 - Durante uma agenda de campanha na zona sul de São Paulo, nesta quarta-feira (9), o prefeito Ricardo Nunes (MDB) fez declarações provocativas sobre a fala de Pablo Marçal (PRTB) em relação ao segundo turno das eleições municipais. O influenciador e ex-candidato de extrema direita sugeriu que parte de seus apoiadores poderia votar em Guilherme Boulos (Psol) no segundo turno, caso Nunes não fizesse um pedido de desculpas.

"Ele [Pablo Marçal] é muito ruim de prognóstico. Ele disse que não ia ter segundo turno — para ele — então, que ele acerte de novo", disparou o prefeito, de acordo com a Folha de S. Paulo, fazendo referência à previsão do influenciador de que ele venceria no primeiro turno, o que acabou não se confirmando.

Ao ser questionado sobre a possibilidade de atrair o apoio dos eleitores de Marçal, Nunes se mostrou confiante. "Eu tenho uma grande expectativa de que o eleitor do Marçal virá com a gente, para que possamos vencer a extrema esquerda. Um eleitor que tem muita sintonia com a nossa proposta", afirmou o prefeito durante a caminhada.

Em coletiva de imprensa na terça-feira (8), Pablo Marçal afirmou que poderia considerar apoiar o prefeito contra a candidatura de Guilherme Boulos, desde que Nunes, Jair Bolsonaro (PL), o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o pastor-empresário Silas Malafaia pedissem desculpas publicamente pelos ataques feitos a ele durante a campanha. No entanto, como isso não ocorreu, Marçal emitiu uma nota oficial no início da tarde desta quarta-feira, reiterando que não apoiará Nunes. "Diante das afirmações de Ricardo Nunes, comunico que não apoiarei sua candidatura neste segundo turno. A arrogância demonstrada não só por ele, mas também por Tarcísio de Freitas, Jair Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro, Silas Malafaia e Valdemar Costa Neto inviabiliza qualquer tipo de apoio", declarou Marçal em seu comunicado. O influenciador também liberou seus eleitores para decidirem seu voto de acordo com suas convicções e princípios, isentando-se de qualquer responsabilidade caso o Psol vença a disputa.

Ao ser questionado sobre a possibilidade de pedir perdão a Marçal, Nunes encerrou o assunto afirmando que é "cristão e está focado na própria campanha", sinalizando que não haverá reconciliação entre os dois.