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    PCC ofereceu R$ 3 milhões a policial para assassinato delator da facção, indica áudio

    Investigadores analisam uma conversa entre uma pessoa ligada à facção e um agente do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa da Polícia Civil de SP

    Antônio Vinícius Lopes Gritzbach (Foto: Reprodução )

    247 - O Primeiro Comando da Capital (PCC) teria oferecido R$ 3 milhões para que o empresário e delator da facção, Antônio Vinicius Gritzbach, fosse morto. Foi o que apontou a gravação de uma conversa entre um advogado da facção e um agente do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil. A informação sobre o valor do dinheiro oferecido foi publicada no jornal O Estado de S.Paulo.

    O empresário foi morto a tiros no último dia 8, após desembarcar no Terminal 2 do Aeroporto Internacional de Guarulhos, Região Metropolitana de São Paulo. A gravação aconteceu enquanto o empresário era investigado pela execução do traficante Anselmo Becheli Santa Fausta, o Cara Preta, e seu segurança Antonio Corona Neto, o Sem Sangue, ocorrido em dezembro de 2021, no Tatuapé, na Zona Leste da capital paulista.

    De acordo com investigadores, Gritzbach sumiu com R$100 milhões que Cara Preta teria aplicado em criptomoedas. Admitiu ter lavado dinheiro vendendo imóveis para traficantes do PCC, mas sempre negou a acusação do duplo assassinato.

    A conversa gravada seria a ligação entre um policial civil do Departamento Estadual de Investigações sobre Narcóticos (Denarc) e o advogado Ahmad Hassan, o Mude, investigado por lavagem de dinheiro da facção. O advogado concordou em aumentar o prêmio pela morte do empresário de R$ 300 mil para R$ 3 milhões. O policial em questão teria procurado o delator para alertá-lo sobre os planos para assassiná-lo.

    Mude, que seria amigo de Cara Preta, questionou: “Eu não gosto dessas fitas. Você acha que três (R$ 3 milhões) vai?”. O policial respondeu: “Vamos pensar em 3. Me fala depois”. Mude afirmou: “Você acha que três vai? Me liga e fala comigo. Você acha que tá fácil de resolver ou tá complicado?”

    As investigações para saber mais detalhes do assassinato do empresário estão sendo conduzidas pela Polícia Civil do estado de São Paulo e, segundo o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, não estão sendo estudada dentro da pasta a hipótese de federalizar a investigação.

    O crime aconteceu no aeroporto de maior movimentação no Brasil, o de Guarulhos, que recebeu 20,3 milhões de passageiros no primeiro semestre de 2024, seguido por Congonhas-SP (10,8 milhões) e Brasília-DF (6,9 milhões de passageiros). De acordo com o Ministério de Porto e Aeroportos, 56,2 milhões de passageiros movimentaram-se pelos aeroportos brasileiros entre janeiro e junho, alta de 4,4% em relação ao mesmo período de 2023.



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