PM de folga mata homem negro com tiros nas costas em porta de mercado em SP
Homem foi morto com tiros nas costas disparados por um policial militar de folga em São Paulo
247 - Na noite do dia 3 de novembro, Gabriel Renan da Silva Soares, de 26 anos, foi morto com tiros nas costas disparados por um policial militar de folga em frente a um mercado no Jardim Prudência, zona sul de São Paulo. O caso ocorreu por volta das 22h40 e foi inicialmente divulgado pelo G1.
Imagens de câmeras de segurança registraram o momento exato do incidente, revelando uma sequência de ações que levantam questionamentos sobre a versão apresentada pelo PM Vinicius de Lima Britto, 24, que alegou legítima defesa em depoimento à polícia.
O que aconteceu
De acordo com os vídeos, Gabriel entrou no mercado Oxxo, localizado na avenida Cupecê, 1.677, e foi até os fundos do estabelecimento, onde pegou quatro produtos de limpeza. Ao tentar sair sem pagar, ele escorregou em um papelão próximo à porta. O policial, que estava no caixa e não usava uniforme por estar de folga, virou-se rapidamente e disparou diversas vezes contra Gabriel, que já estava na calçada.
Os tiros atingiram Gabriel pelas costas, sem que ele tivesse chance de se defender. Ferido, ele caiu no local e morreu antes que qualquer ajuda pudesse ser prestada.
Imagens desmentem versão
As imagens gravadas pelas câmeras de segurança contradizem a alegação de legítima defesa feita pelo policial. Não há indicação visível de que Gabriel estivesse armado ou que representasse ameaça iminente ao agente. Além disso, os disparos foram efetuados enquanto ele já estava fugindo.
Na carteira de Gabriel foram encontrados um cartão do SUS e uma nota de um dólar. O episódio ocorreu sob forte chuva, como mostram os registros, com várias pessoas no entorno, algumas usando capas de chuva e outras próximas de veículos estacionados.
Repercussão e investigação
O caso gerou grande repercussão e é investigado pela Corregedoria da Polícia Militar, que apura se houve excesso ou violação dos protocolos de conduta. Especialistas em segurança pública destacam que a legítima defesa exige a presença de uma ameaça clara e proporcional ao uso de força letal.
A família de Gabriel, que ainda busca entender as circunstâncias da morte, questiona a postura do policial. "Meu filho não teve nem a chance de se explicar. Ele foi tratado como uma ameaça quando só carregava produtos de limpeza", lamentou a mãe da vítima em entrevista à imprensa.
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