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PM diz ter recebido relato de roubo na região antes de abordagem contra filhos de diplomatas

O Ministério da Igualdade Racial classificou a condução dos agentes militares como violenta e irresponsável

(Foto: Reprodução)

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247 — Um dos policiais envolvidos na abordagem contra filhos de diplomatas no Rio de Janeiro, na última semana, prestou depoimento na quinta-feira (11) na Delegacia Especial de Apoio ao Turismo, onde está sendo conduzido o inquérito sobre o suposto crime de racismo durante a ação.

Em depoimento, o sargento Sérgio Regattieri Fernandes Marinho, lotado na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), afirmou que, momentos antes de encontrar os adolescentes, estava em patrulha e foi abordado por dois homens que disseram ter sido assaltados na região. Uma mulher, que supostamente testemunhou o roubo, teria relatado que os assaltantes eram jovens, estavam em grupo, portavam facas, e que alguns deles eram negros.

Após a denúncia, os agentes iniciaram a busca pelos suspeitos. Ao encontrarem o grupo de adolescentes formado pelos filhos de diplomatas, decidiram fazer a abordagem. 

Em vídeos da câmera de segurança de um prédio, os jovens aparecem chegando na portaria quando uma viatura da PM sobe na calçada e policiais descem do carro armados, obrigando os jovens a encostarem na parede. Segundo o relato dos adolescentes, apenas os jovens negros foram submetidos à revista.

O Ministério da Igualdade Racial classificou a condução dos agentes militares como violenta e irresponsável.

Os policiais não utilizavam câmeras corporais durante a ação. A Polícia Militar afirmou que o uso do equipamento é obrigatório e que irá investigar a razão da ausência do aparelho. (Com informações de Folha).

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