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    Cerca de 4 mil unidades habitacionais ficam sem energia em Porto Alegre por causa dos temporais

    Autoridades ordenaram a evacuação para quem trabalha ou mora no centro histórico da capital gaúcha

    Porto Alegre (Foto: Reprodução/RBS TV)

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    247 - A distribuidora CEEE Equatorial informou que cerca de 4.000 unidades habitacionais estão sem luz dentro do polígono de atuação da empresa em Porto Alegre (RS) que inclui trechos das avenidas Mauá, Borges de Medeiros e Independência, a rua Riachuelo e a Estação Rodoviária. De acordo com o prefeito Sebastião Melo, "esta não é a primeira enchente, mas talvez a maior desde 1941". Autoridades registraram 41 mortes. A Defesa Civil disse que cerca de 32 mil pessoas estão fora de suas casas - 8.168 pessoas em abrigos e 24.080 desalojados (morando com amigos, na casa de familiares ou amigos.

    A companhia afirmou que o desligamento ocorreu por causa de pedidos feitos pela Defesa Civil do Rio Grande do Sul, pelo Corpo de Bombeiros e por algumas prefeituras. A Defesa Civil recomendou a moradores e a trabalhadores do centro histórico a evacuação que estejam perto das ruas Siqueira Campos, Andradas, Sete de Setembro e a avenida Júlio de Castilhos.

    "A cada momento temos que tomar novas decisões e hoje estamos fechando comércio do Centro e 4° Distrito. O Mercado Público já está fechado desde as 10h, assim como as unidades de saúde do Centro. Os portões estão sendo vistoriados, mas mesmo assim temos problemas de vazamento de água".

    A possibilidade de fechar entradas e saídas da Capital está sendo avaliada. Nesta manhã, o prefeito esteve reunido com governador Eduardo Leite, Comando Militar do Sul, órgãos federais e estaduais para traçar medidas para garantir a segurança da população.

    O prefeito pede ainda que as pessoas não levem as doações direto nos abrigos municipais. Os mantimentos são organizados conforme demanda no depósito da Defesa Civil, localizado na rua La Plata, 693. A principal necessidade é por colchões, casinha de cachorros, cama, coleira, guia e gradil.

    Três locais recebem famílias desabrigadas das Ilhas e outras regiões. Na manhã desta sexta-feira, a Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc) registrava 448 pessoas acolhidas em abrigos temporários. Destas, 375 que estavam no Pepsi on Stage foram transferidas para o Ginásio da Brigada Militar.

    Outras 40 pessoas estão no Centro Social Padre Pedro Leonardi, na Restinga, e 33 na Escola Estadual Custódio de Mello. Um quarto local - no Centro Estadual de Treinamento Esportivo (Cete) - está sendo preparado para acolher desabrigados, com capacidade para 250 pessoas.

    Água e esgotos

    O Dmae informa que a casa de bombas da avenida Mauá não se rompeu, mas sim transbordou em razão do elevado nível do Guaíba. As equipes do órgão estão sendo deslocadas para o local para conter a água. As demais casas de bomba funcionam normalmente. Enquanto isso, o Sistema de Abastecimento de Água (SAA) Moinhos de Vento permanece inoperante.

    Mobilidade

    A Empresa Pública de Transporte e Circulação informa que todos os acessos ao Centro Histórico estão bloqueados. Ao menos 46 ocorrências estão em aberto, sendo 30 bloqueios totais e sete bloqueios parciais de vias. Outras 150 já foram encerradas pelo órgão desde o início do evento climático.

    Transporte público

    Com o fechamento dos terminais do Centro, os usuários devem se deslocar para as áreas onde é possível fazer o atendimento por ônibus. Confira informações atualizadas aqui.

    Saúde

    O Centro de Saúde Santa Marta, localizado no Centro Histórico, fechou às 11h em razão da cheia do Guaíba. Móveis e equipamentos de informática do térreo foram levados para os andares superiores do prédio. Dez unidades de saúde fecharam nesta sexta-feira em decorrência da cheia do Guaíba. São elas: Domênico Feoli, Ilha da Pintada, Ilha do Pavão, Ilha dos Marinheiros, Santa Marta, Mário Quintana, Navegantes, Asa Branca, Fradique Vizeu e Nova Gleba.

    * Com informações da Prefeitura de Porto Alegre

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