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Mercado financeiro 'quer proibir o presidente Lula de governar', diz Gleisi

Presidente do PT reagiu às críticas em relação à estratégia do governo de utilizar fundos públicos e privados para impulsionar o mercado de crédito

Gleisi Hoffmann (Foto: Lula Marques/ABr)

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247 - A presidente do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), reagiu às críticas do mercado financeiro em relação à nova estratégia do governo Lula (PT) de utilizar fundos públicos e privados para impulsionar o mercado de crédito, diante de uma taxa básica de juros (Selic) de 10,75% ao ano, o que representa a segunda maior taxa de juro real do mundo. 

"Qualquer pretexto serve para o mercado financeiro rosnar na mídia, sedento de juros. Agora atacam os fundos públicos e os recursos liberados dentro das regras do Orçamento. Não há critério técnico nas críticas. Querem mesmo é proibir o presidente Lula de governar. Pra eles, gasto bom é só com juros", publicou Gleisi no Bluesky.

Qualquer pretexto serve para o mercado financeiro rosnar na mídia, sedento de juros. Agora atacam os fundos públicos e os recursos liberados dentro das regras do Orçamento. Não há critério técnico nas críticas. Querem mesmo é proibir o presidente Lula de governar. Pra eles, gasto bom é só com juros

— Gleisi Hoffmann (@gleisi.bsky.social) September 23, 2024 at 10:37 AM

Em entrevista ao Estado de S. Paulo, Nelson Barbosa, diretor de Planejamento e Relações Institucionais do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), afirmou que o maior uso de fundos públicos e privados pelo governo é adequado, especialmente em um contexto que exige investimentos em mitigação das mudanças climáticas, infraestrutura social e ampliação do crédito, principalmente para pequenos negócios.

Na semana passada, por exemplo, o presidente Lula sancionou o projeto que modifica a Lei Geral do Turismo, permitindo que o Fundo Nacional da Aviação Civil (Fnac) seja utilizado para oferecer crédito às companhias aéreas. O governo pretende destinar R$ 5 bilhões para apoiar essas empresas, que enfrentam prejuízos e acumularam dívidas desde a pandemia de Covid-19. Além disso, o texto autoriza o Ministério dos Portos e Aeroportos a usar o fundo para subsidiar a compra de querosene de aviação (QAV) em rotas aéreas na Amazônia Legal.

No Senado, os parlamentares aprovaram o projeto que cria o Programa Acredita, voltado para oferecer microcrédito a empreendedores do Cadastro Único, com a garantia do Fundo de Garantia de Operações (FGO). O projeto também institui o Eco Invest Brasil, no âmbito do Fundo Clima, abrindo caminho para que o fundo ofereça proteção cambial a investidores estrangeiros interessados em financiar projetos de transformação ecológica.

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