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    Ministro estuda destinar recursos diretamente a famílias que acolhem desabrigados no RS

    Paulo Pimenta propõe mudança na destinação de verbas para melhorar assistência às vítimas das chuvas; atualmente os recursos são destinados às prefeituras

    Paulo Pimenta (Foto: Valter Campanato/ Agência Brasil)

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    247 - O ministro Paulo Pimenta, designado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para coordenar as ações do governo federal no Rio Grande do Sul, anunciou neste domingo que está estudando a possibilidade de alterar uma portaria para que os recursos destinados ao acolhimento de desabrigados sejam transferidos diretamente para as famílias ou instituições que os recebem, em vez de serem encaminhados às prefeituras.

    Atualmente, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome destina R$ 20 mil para cada grupo de 50 pessoas oficialmente acolhidas em abrigos públicos, o que equivale a R$ 400 por pessoa, além de fornecer alimentação e cestas básicas.

    A nova proposta do ministro visa repassar esses recursos diretamente às famílias ou associações que acolhem os desabrigados. Em entrevista ao canal do YouTube Barão de Itararé, Pimenta afirmou que “Se eu abrigo quatro pessoas na minha casa, você receberá R$ 1.600 por mês de uma forma solidária. Com isso, tente trabalhar com a perspectiva de descentralizar os abrigos das cidades e essa lógica de temporários".

    No entanto, Pimenta destacou que essa transição precisa ser cuidadosamente discutida, pois as famílias ou instituições que acolherem os desabrigados não teriam a obrigação de fornecer alimentos ou remédios.

    As recentes chuvas históricas no Rio Grande do Sul provocaram a inundação de pelo menos 303 mil edificações residenciais e 801 estabelecimentos de saúde em 123 cidades, de acordo com dados do IBGE e da UFRGS. As enchentes resultaram em pelo menos 155 mortes, número que pode aumentar, já que ainda há 94 desaparecidos. As mortes ocorreram em 44 cidades, segundo a Defesa Civil, e há 806 feridos. No total, 461 municípios foram afetados, com 77.199 pessoas desabrigadas e 540.192 desalojadas.

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