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    Prefeito de Porto Alegre quer criar depósito de lixo ao lado de abrigo para atingidos pela enchente, diz deputada

    “Essa é a política habitacional e ambiental da prefeitura de Porto Alegre!” disse a deputada estadual Laura Sito

    Sebastião Melo (Foto: Giulian Serafim/PMPA)

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    247 -  O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), quer construir uma cidade provisória para receber as vítimas da enchente ao lado de um depósito de lixo, para onde estão indo móveis inutilizados pelas águas e outros entulhos. A denúncia foi feita pela deputada estadual Laura Sito (PT-RS), que foi até o Porto Seco, local onde a prefeitura quer criar uma estrutura com barracas para receber os desabrigados.

    “A cidade provisória do Melo virou também um lixão a céu aberto. Além de querer colocar aqui pessoas morando em condições indignas, em barracas pra refugiados, ele também quer que elas fiquem morando ao lado de tudo que perderam.[...] Melo que colocar um depósito de seres humanos. De outro lado, um depósito de resíduos sólidos”, criticou a deputada.“Ou seja, os desabrigados vão ficar do lado dos bens que perderam nas enchentes. Essa é a política habitacional e ambiental da prefeitura de Porto Alegre!”, escreveu a parlamentar no X, antigo Twitter. 

    A criação de uma “cidade provisória” conforme foi proposta pela prefeitura vêm recebendo críticas de diversos setores da sociedade. A ideia é que terrenos de Porto Alegre recebam cerca de 10 mil pessoas que tiveram suas casas destruídas pelas cheias dos rios. No entanto, especialistas apontam que a construção desses locais devem obedecer alguns critérios para evitar a criação de “campos de refugiados”.

    “Bota em praça, bota em parque, deixa mais denso, mais orgânico, dentro da própria cidade. Não enclausura os caras. Isso aí é campo de refugiados. Campo de refugiados dá errado, deixa as pessoas completamente perdidas. Isso vai gerar uma crise socioeconômica, psicossocial e sociocultural depois imensurável”, disse o professor do Departamento de Urbanismo da Faculdade de Arquitetura e do Programa de Pós Graduação em Planejamento Urbano e Regional da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Eber Mazulo, em entrevista ao jornal Sul 21.

     

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