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    Prejuízos estão acima de R$ 4,6 bilhões no RS, estima a Confederação Nacional de Municípios

    Segundo a CNM, R$ 465,8 milhões referem-se a prejuízos no setor público. Outros R$ 756,5 milhões estão relacionados ao setor privado

    Área inundada ao redor da prefeitura de Porto Alegre (RS) (Foto: Diego Vara / Reuters)

    BRASÍLIA (Reuters) - Um balanço divulgado pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) nesta terça-feira contabiliza que os danos e prejuízos superam os 4,6 bilhões de reais no Rio Grande do Sul, Estado gravemente afetado por fortes chuvas e enchentes, que já deixaram 95 mortos e 131 desaparecidos.

    Ainda de acordo com a confederação, mais de 78% dos municípios do Estado foram atingidos e já há o registro de 99,8 mil casas danificadas ou destruídas pelas chuvas devastadoras, que começaram na semana passada.

    "O valor aumenta exponencialmente à medida que a água começa a baixar os níveis", diz a CNM em texto publicado em seu site oficial.

    Segundo a CNM, dentre a estimativa parcial de 4,6 bi de reais, 465,8 milhões de reais referem-se a prejuízos no setor público. Outros 756,5 milhões estão relacionados ao setor privado, e a maior parte dos prejuízos, por enquanto, está concentrada no setor habitacional, com 3,4 bilhões de reais em danos.

    "Os danos humanos, além das vítimas fatais desse desastre, também não podem ainda ser estimados", diz a entidade, alertando para os riscos de proliferação de doenças como leptospirose, hepatite A e dengue, entre outras, cenário que se agrava diante da necessidade de reconstrução de unidades de saúde e outros prédios de prestação de serviços públicos.

    Equipes de resgate continuavam as buscas nesta terça-feira por pessoas que permanecem isoladas devido às enchentes devastadoras que atingiram o Rio Grande do Sul, enquanto sobreviventes enfrentam escassez de alimentos e suprimentos básicos.

    De acordo com a Defesa Civil gaúcha, 401 dos 497 municípios gaúchos foram afetados pelos eventos climáticos, com mais de 159 mil pessoas desalojadas, sendo 48 mil em abrigos.

    (Reportagem de Maria Carolina Marcello)

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