CFM cobra solução para falta de vacinas nos municípios brasileiros

247 - O Conselho Federal de Medicina (CFM) pediu ao Ministério da Saúde uma "solução urgente" para o desabastecimento de vacinas nos municípios brasileiros, apontando a negligência do governo federal na compra e distribuição dos imunizantes, informa a Band News. A solicitação foi feita após a divulgação de um levantamento da Confederação Nacional de Municípios (CNM), que revelou que 65,8% das regiões pesquisadas enfrentam escassez de vacinas, um aumento em relação aos 64,7% registrados em setembro de 2024.

O estudo da CNM identificou que, em 52,4% dos 2.895 municípios pesquisados, a vacina contra a varicela está indisponível. Além disso, a imunização contra a Covid-19 está ausente em 25,4% das cidades, enquanto a vacina DTP (difteria, tétano e coqueluche) falta em 18% dos municípios. Outras vacinas essenciais, como a meningocócica C (12,9%), a tetraviral (11,6%) e a da febre amarela (9,7%), também estão em falta, deixando milhões de brasileiros vulneráveis a doenças graves e preveníveis.

Em nota oficial, o CFM expressou sua preocupação com o quadro alarmante e reafirmou seu compromisso histórico com a promoção da imunização como uma estratégia crucial para a saúde pública. "O CFM, que em 2023 assinou o Pacto pela Consciência Vacinal, reafirma seu compromisso histórico com a promoção da imunização como estratégia fundamental para a proteção da saúde pública. Sempre defendemos a ciência e a importância das vacinas como ferramentas indispensáveis para salvar vidas e prevenir crises sanitárias de grandes proporções", declarou a autarquia.

O conselho alertou que a falta de vacinas não apenas coloca em risco a saúde da população, mas também representa um retrocesso inaceitável nos esforços do país para o controle de doenças imunopreveníveis. Segundo o CFM, esse cenário coloca em perigo décadas de avanços conquistados no combate a doenças como a varicela, difteria e febre amarela, e pode levar a surtos e crises sanitárias de grande magnitude.