Ministério da Saúde promete distribuir 1,2 milhão de vacinas contra covid para regularizar estoques
Veja algumas estatísticas da cobertura vacinal
247 - O Ministério da Saúde, comandado por Nísia Trindade, informou nesta terça-feira (22) que representantes da pasta vão distribuir 1,2 milhão de doses contra a covid-19 para regularizar a vacinação de crianças em todo o país. As vacinas fazem parte da compra emergencial feita pela pasta em maio deste ano. Mais de 1.500 cidades ficaram sem vacinas por mais de 30 dias nos postos, de acordo com números divulgados pela Confederação Nacional de Municípios (CNM). "Um novo pregão foi concluído recentemente para a aquisição de mais de 60 milhões de doses de vacinas contra a covid-19, garantindo proteção contra cepas atualizadas pelos próximos dois anos", afirma o ministério, conforme relatos publicados no blog de Basília Rodrigues.
Crianças e adolescentes foram maioria entre os não vacinados, conforme 'Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua: Covid-19', divulgada em maio pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. O estudo, feito no primeiro semestre de 2023, envolveu 200,5 milhões de pessoas e 210 mil domicílios de todos os estados - 38,3 mil tinham entre 5 e 17 anos e 162 mil eram maiores de 18 anos. Pelas estatísticas, 14,8% dos brasileiros entre 5 e 17 anos que representaram 5,7 milhões de crianças e adolescentes não haviam tomado vacina até o momento do estudo. E 3,4% dos entrevistados com 18 anos ou mais estavam na mesma situação.
Entre as principais razões para a não vacinação, a mais citada foi o medo de reações adversas (39,4%). Outros motivos foram “não acha necessário, acredita na imunidade” (21,7%), “não confia ou não acredita na vacina” (16,9%), “por recomendação do profissional de saúde” (6,4%) e “não tinha a vacina que queria disponível” (5,7%). Pela pesquisa, 9,8% dos entrevistados indicaram que nenhuma dessas categorias refletia o motivo da não vacinação das crianças e dos adolescentes.
Santa Catarina, Pernambuco e Paraná são os estados com maior número de municípios reclamando de desabastecimento de vacina. A cobertura vacinal apontou que 86% da população brasileira tomou duas doses.
A imunização continua recomendada para quem não completou o ciclo vacinal e para o público prioritário, formado por pessoas com 60 anos ou mais, gestantes, puérperas, trabalhadores da saúde e crianças, entre outros.
Modo de uso
Em novembro do ano passado, o Ministério da Saúde afirmou que a vacinação contra a covid-19 terá como foco as crianças de 6 meses e menores de 5 anos em 2024. Nessa faixa etária, o esquema vacinal completo contará com 3 doses, que deverão ser aplicadas seguindo os intervalos recomendados: da 1ª dose para a 2ª dose, o intervalo será de 4 semanas; e da 2ª dose para a 3ª dose, o intervalo será de 8 semanas. A criança que tiver tomado as três doses este ano não precisará repetir doses em 2024.
Após os 5 anos de idade, apenas as crianças que integram os grupos prioritários receberão uma dose de reforço em 2024. São eles: imunocomprometidos, pessoas com comorbidades e deficiência permanente, indígenas, ribeirinhos, quilombolas, e aquelas que vivem em instituições de longa permanência ou em situação de rua.
Esses grupos têm maior risco de desenvolver as formas graves da doença. A inclusão desse grupo já passou por avaliação da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização da Covid-19 (CTAI) e do Programa Nacional de Imunizações (PNI).
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