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    Nísia Trindade destaca a importância de políticas públicas para o envelhecimento saudável da população

    Ministra da Saúde participa de fórum do G7 e reforça a necessidade de políticas integradas para lidar com o envelhecimento populacional

    Nísia Trindade (Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil)

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    247 – Nísia Trindade, ministra da Saúde do Brasil, participou do segundo dia de reuniões do fórum do Grupo dos 7 (G7) em Ancona, na Itália, nesta sexta-feira (11). Em um evento que reuniu representantes das nações mais industrializadas do mundo, ela abordou o tema do envelhecimento saudável e ativo, uma questão crucial diante das transformações demográficas globais. O Brasil, presente como convidado, tem investido em políticas que visam garantir a qualidade de vida dos idosos e, ao mesmo tempo, reforçar os serviços de saúde pública.

    “O Brasil, assim como o resto do mundo, enfrenta o desafio do envelhecimento da população. O rápido aumento do número de idosos exige mudanças significativas na forma como os serviços de saúde, assistência social e direitos humanos são organizados”, afirmou Trindade. Sua fala evidenciou a necessidade de uma abordagem ampla que vá além da simples gestão de doenças, e inclua o bem-estar e a qualidade de vida dos idosos.

    Durante a reunião, a ministra apresentou os principais avanços do Brasil no cuidado com a população idosa, destacando o Estatuto Nacional da Pessoa Idosa de 2006, que estabelece que a saúde desse público deve ser vista de forma integral, com foco em como vivem e se sentem no dia a dia, e não apenas pela presença ou ausência de doenças. Trindade também mencionou o lançamento do Guia de Cuidados para a Pessoa Idosa, em 2023, que aborda as mudanças naturais do envelhecimento e orienta as equipes de saúde sobre o cuidado com esse público.De acordo com dados recentes, os idosos já representam cerca de 16% da população brasileira, com 33 milhões de pessoas nessa faixa etária – um crescimento de 56% desde 2010. O Ministério da Saúde também apresentou o Relatório Nacional sobre a Demência, que aponta que 8,5% da população com 60 anos ou mais vive com algum tipo de demência, número que deve dobrar até 2050. Para lidar com essa realidade, o Brasil criou a Política Nacional de Cuidado Integral às Pessoas com Doença de Alzheimer e outras Demências, uma iniciativa voltada à capacitação de profissionais e à melhoria dos serviços de saúde para esses pacientes.

    Além de sua participação nas discussões do G7, Nísia Trindade se encontrou com ministros de outros países em reuniões bilaterais. Em conversa com o ministro da Saúde da Itália, Orazio Schillaci, debateram a utilização de novas tecnologias, como a telemedicina, para lidar com doenças crônicas, tema de grande importância no contexto do envelhecimento populacional. "As prioridades que o Brasil propôs como presidente do G20 este ano têm muita convergência com o G7, principalmente no que se refere à saúde global", ressaltou a ministra.

    Em outros encontros, Nísia Trindade reuniu-se com representantes da Índia e dos Estados Unidos para discutir desde o fortalecimento das medicinas tradicionais e complementares até a preparação para futuras pandemias. O Brasil reforça, assim, sua posição como um ator relevante nas discussões sobre saúde global e bem-estar da população, com destaque para as políticas voltadas ao envelhecimento saudável.

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