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    Lula lança plano de combate à dengue: ‘compromisso de toda a sociedade’

    O presidente defendeu a produção de mosquitos estéreis para combater a doença

    18.09.2024 - Coletiva de apresentação do Plano de Ação 2024/2025 para mitigação dos impactos da dengue e outras arboviroses (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

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    247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apresentou nesta quarta-feira (18) um robusto plano do governo federal para o combate à dengue em todo o território nacional. Em 2024, o Brasil registrou o maior número de casos prováveis de dengue da história, com mais de 6,5 milhões de notificações, a maioria concentrada no primeiro semestre. Na ocasião, Lula falou sobre a importância de antecipar a campanha de combate à dengue em meio às questões climáticas, que colaboram para a proliferação da doença.

    “Todo verão nós somos vitimados pelo crescimento da dengue e outras doenças. E dessa vez, com a questão climática evoluindo para que o planeta fique mais aquecido, nós resolvemos antecipar o lançamento da nossa campanha para que a gente tenha tempo não apenas do ministério e as questões científicas que o ministério pode acionar, a estrutura do SUS, de toda a rede do Ministério da Saúde, nós precisamos antes preparar a sociedade brasileira, porque os mosquitos estão na casa de cada um de nós”, disse.

    O presidente reforçou que a doença não atinge apenas a população pobre, e que todos devem ter os cuidados básicos para evitar a reprodução do mosquito. “E não é só na casa das pessoas pobres. Eles estão na casa das pessoas que têm um poder aquisitivo melhor, que têm piscina abandonada, que têm vaso com água empoçada, que têm o pneu do carro tirado em pé com água. O que nós queremos é passar a ideia de que cada cidadão brasileiro é seu próprio médico na questão do cuidado com a dengue. A gente tem que cuidar da casa da gente. Às vezes a casa da gente é bem cuidada, mas a do vizinho não está cuidada”, explicou.

    “É um compromisso assumido por toda a sociedade brasileira. Se cada um cumprir com a sua função e não permitir que haja nenhuma possibilidade dos mosquitos ficarem tirando férias no seu quintal, a gente vai ter muito mais condições de combater a Chikungunya, a dengue e tantas outras arboviroses que existem neste país. A Nísia está muito preparada e o Ministério da Saúde está se preparando e a gente quer ver se a gente consegue antecipar e, se Deus ajudar, a gente quer ter o verão com menos dengue na história desse país”, completou.

    Lula também defendeu a produção, em laboratório, de mosquitos estéreis, estratégia que pode ajudar a combater a proliferação da dengue e de outras doenças transmitidas pelos insetos. “Eu já sonhei aqui em 2009 que a gente ia produzir um mosquito estéril, esse mosquito ia namorar a ‘mosquitinha’, essa ‘mosquitinha’ não ia ter um filho e, portanto, como eles duram pouco, eles morreriam e a gente acabaria com a dengue. Nós já fizemos isso com a mosca da fruta. Fizemos em Juazeiro da Bahia. Fizemos uma fábrica de moscas estéreis que a gente jogava de um avião, elas caíam, namoravam e essa mosca não reproduzia. É possível fazer isso com a dengue e qualquer mosquito, mas nós não vamos tratar disso agora. Isso, quem sabe, para 2027 ou 2028, para o futuro”, disse.

    Segundo o presidente, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, está trabalhando para que o governo entregue uma política pública massiva para combater a dengue ao final de seu mandato, em 2026.  “A Nísia me disse assim: presidente, nós vamos tratar de assuntos de curtíssimo prazo, de médio prazo e de longo prazo. Eu falei para ela: vamos cuidar primeiro do de médio prazo, porque o nosso mandato termina no dia 31 de dezembro de 2026, então o longo prazo pode estar longe demais da gente também. Então é importante cuidar desse verão, do ano que vem, do outro ano, e deixar este país estruturado para que a gente possa ter uma estrutura eficaz de combater de forma massiva os efeitos da dengue”, afirmou Lula.

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