Após farpas sobre eleições na Venezuela, Petro e Maduro se reúnem em Caracas
Presidente da Venezuela classificou comentários colombianos sobre processo eleitoral como ‘diferenças normais’
Por Opera Mundi - O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, e seu homólogo da Venezuela, Nicolás Maduro, se encontram nesta terça-feira (09/04) em Caracas, na sexta reunião diplomática após o restabelecimento das relações entre os dois países, em agosto de 2022.
O encontro acontece um dia após os chanceleres dos dois países, Yván Gil, da Venezuela, e da Colômbia, Luis Gilberto Murillo, terem se reunido na cidade fronteiriça de Cúcuta, ao norte de Santander.
Maduro anunciou na última segunda-feira (08/04) em seu programa televisivo Con Maduro +, o desenvolvimento de uma agenda de trabalho conjunta com Bogotá, na qual abordarão questões relacionadas à cooperação diplomática, o ataque à Embaixada do México no Equador e a Palestina.
“Certamente aprofundaremos em projetos de energia, gás, petróleo, segurança fronteiriça e questões comerciais e econômicas”, enfatizou ainda o presidente venezuelano.
PROCESSO ELEITORAL NA VENEZUELA - Referindo-se às diferenças que poderiam ter surgido com o comunicado da Chancelaria colombiana e declarações de Petro sobre o processo eleitoral em curso na Venezuela, Maduro chamou a “não escandalizar nem tornar anormal as diferenças que possam existir”. “A vida é bonita quando há diferenças de opinião”, finalizou.
Na reunião com Luis Gilberto Murillo, chanceler da Colômbia, Yvan Gil forneceu “informações em primeira mão” sobre o processo eleitoral venezuelano ao seu homólogo e estendeu o convite a observadores daquele país para participarem das próximas eleições presidenciais de julho. “Esperamos que muito em breve esses companheiros possam ser selecionados e sejam bem-vindos”, disse Gil.
Este esclarecimento ocorreu semanas depois do Ministério das Relações Exteriores da Colômbia ter emitido um comunicado manifestando a sua “preocupação” com a inscrição dos candidatos da oposição às eleições presidenciais perante o árbitro eleitoral na Venezuela.
Caracas classificou a carta como “um ato de interferência grosseira” e destacou que seu conteúdo foi feito para agradar ao Departamento de Estado dos Estados Unidos, que também expressou suas objeções ao sistema eleitoral venezuelano.
(*) Com Prensa Latina e Rt en Español
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