Cúpula da ALBA presta solidariedade à Venezuela no momento em que o país é atacado por seus procedimentos eleitorais
A reunião confirma posição unânime contra ingerência nos assuntos dos países membros
Prensa Latina - A XI Cúpula Extraordinária de Líderes da ALBA -TCP encerrou nesta segunda-feira (26) na Venezuela com uma declaração conjunta que ratificou o compromisso com os princípios de integridade, não ingerência e respeito aos assuntos internos de seus membros.
No texto de nove pontos, os chefes de Estado e de Governo da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América-Tratado Comercial Popular (ALBA-TCP) condenaram qualquer golpe ou tentativa de golpe contra a República Bolivariana, considerando que constitui uma violência violenta, ilegal e inconstitucional e é uma ameaça à democracia, à paz e à própria vida.
Rejeitaram os planos e ações desestabilizadoras promovidas por diversos atores externos no seu desejo de ignorar a vontade das nações latino-americanas e caribenhas, expressa de forma democrática e legítima nas urnas.
Os dirigentes da ALBA-TCP repudiaram a guerra comunicacional “carregada de ódio, intolerância, discriminação e desprezo nas redes sociais, estrategicamente dirigida às gerações mais jovens da sociedade venezuelana” para promover a violência e a barbárie.
Pronunciaram-se contra os ataques e atos de vandalismo dirigidos a pessoas, infraestruturas públicas, símbolos religiosos e nacionais da idiossincrasia venezuelana, e procuraram semear uma matriz de opinião de caos quando as eleições de 28 de julho decorreram em paz e democracia.
Denunciaram o desconhecimento do resultado eleitoral por parte de um “setor fascista e violento” da oposição venezuelana, que solicitou abertamente o intervencionismo e mais sanções para o país em detrimento do povo.
Os dirigentes da ALBA-TCP exigiram que a comunidade internacional respeitasse a soberania e a autodeterminação dos venezuelanos, lamentaram que alguns governos questionem os resultados eleitorais na República Bolivariana, e também emitam declarações e declarações contrárias à realidade do referido território.
“É essencial que todos os Estados reconheçam o princípio da não interferência nos assuntos internos e trabalhem em conjunto para promover o diálogo e a cooperação construtiva em vez de alimentar divisões”, enfatizaram no documento.
Entre outras questões, os dignitários saudaram a reeleição do Presidente Nicolás Maduro, reconheceram a soberania da Venezuela para resolver os seus próprios problemas e reafirmaram o carácter da América Latina e das Caraíbas como uma zona de paz.
A cimeira extraordinária da ALBA-TCP reuniu-se esta segunda-feira virtualmente liderada por Maduro e com a participação dos presidentes Miguel Díaz-Canel (Cuba), Luis Arce (Bolívia) e Daniel Ortega (Nicarágua), bem como dos primeiros-ministros Ralph Gonsalves (São Vicente). e Granadinas), Dickon Mitchell (Granada), Roosevelt Skerrit (Domínica), Terrance Drew (São Cristóvão e Nevis) e Philip J. Pierre (Santa Lúcia).
A embaixadora de Honduras na Venezuela, Scarleth Romero, também esteve presente como convidada.
Segundo o ministro venezuelano das Relações Exteriores, Yván Gil, o objetivo do encontro foi estabelecer uma posição de solidariedade com o governo venezuelano e seu povo, diante da interferência dos Estados Unidos e das nações da União Europeia.
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