Lula diz que situação política da Venezuela é "um rolo" e volta a defender novas eleições no país
“O Maduro, como presidente, deveria falar: 'vou provar que sou o preferido do povo e convocar uma nova eleição’. Mas ele não faz”, lamentou o presidente
247 - O presidente Lula (PT) voltou a falar sobre o impasse eleitoral na Venezuela e a defender que o presidente Nicolás Maduro convoque novas eleições. “Acho que o Maduro, como presidente, deveria falar o seguinte: ‘sabe de uma coisa? Vou provar que sou o preferido do povo e vou convocar uma nova eleição’. Mas ele não faz”. O presidente manteve sua posição de não reconhecer o resultado eleitoral do país vizinho, mas negou que romperá as relações diplomáticas entre Brasil e Venezuela e criticou as sanções internacionais impostas ao país sul-americano. “Não concordo com a punição unilateral de bloqueio porque o bloqueio não prejudica o Maduro, prejudica o povo, e acho que o povo não deveria ser vítima disso”.
Questionado pelos entrevistados da rádio Difusora Goiânia se a Venezuela vive sob uma democracia, uma ditadura ou “um rolo”, o presidente respondeu: “acho que é mais um rolo”. “O comportamento do Maduro é um comportamento que deixa a desejar”, definiu.
Lula destacou que não reconheceu a vitória eleitoral de Maduro porque havia “exigido” que o venezuelano entregasse as atas eleitorais ao Conselho Nacional Eleitoral, “que tinha três membros do governo e dois da oposição”. “Ele preferiu não passar pelo conselho e foi direito para a Suprema Corte. Então eu me senti no direito de dizer que não reconhecia aquilo, que não estava correto, como também não reconheço [a vitória da] oposição”.
Para Lula, só há uma opção para solucionar o impasse na nação vizinha: “ou fazer uma nova eleição, ou fazer uma coalizão para que pudessem conviver democraticamente”.
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