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      Milei busca consolidar aliança com Trump e levantar US$ 10 bilhões no FMI

      Presidente argentino aposta na aproximação com o líder republicano para impulsionar agenda ultraconservadora e obter apoio financeiro internacional

      Javier Milei e Donald Trump (Foto: Redes sociais / Milei)
      Redação Brasil 247 avatar
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      247 – Javier Milei, presidente da Argentina, iniciou no último sábado sua primeira viagem internacional de 2025, com destino aos Estados Unidos. Segundo informações publicadas pelo jornal El País, Milei será um dos líderes presentes na posse de Donald Trump, que assume seu segundo mandato como presidente dos EUA. Além de reforçar os laços políticos com o republicano, Milei busca articular uma coalizão internacional de líderes de direita e angariar recursos para fortalecer a economia argentina, que enfrenta sérias dificuldades.

      Ao lado de uma pequena comitiva composta por sua irmã e secretária-geral da Presidência, Karina Milei, e pelo ministro da Economia, Luis Toto Caputo, o presidente argentino também deve se reunir com a diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva. O objetivo declarado é garantir um novo acordo financeiro com a entidade, com vistas à captação de pelo menos 10 bilhões de dólares. "Estamos trabalhando por uma Argentina verdadeiramente livre, sem amarras ideológicas ou econômicas", afirmou Milei em ocasiões anteriores.

      Um aliado estratégico na América Latina

      A agenda de Milei em Washington reflete a importância de Trump para sua estratégia política. Desde novembro, quando foi o primeiro líder estrangeiro a se encontrar com o republicano após sua vitória nas urnas, Milei tem promovido a criação de uma "aliança de nações livres contra a tirania e a miséria". A posse de Trump nesta segunda-feira contará com a presença de outros líderes da direita latino-americana, como Nayib Bukele, de El Salvador, e Daniel Noboa, do Equador. Por outro lado, figuras progressistas da região, como a mexicana Claudia Sheinbaum, ficaram de fora da lista de convidados.

      Ajuste fiscal e elogios do FMI

      No último ano, o governo Milei implementou cortes severos nos gastos públicos, resultando em um superávit fiscal de 0,3% do PIB – um marco não registrado desde 2010. Georgieva elogiou o desempenho econômico da Argentina sob sua gestão, classificando-o como "um dos casos mais impressionantes da história recente". Além disso, o FMI revisou suas projeções para o país, apontando crescimento de 5% ao ano nos próximos dois anos.

      A viagem de Milei não se limitará aos Estados Unidos. Na terça-feira, ele segue para Zurique, onde participará do Fórum Econômico Mundial de Davos. Entre reuniões com empresários, Milei será homenageado por organizações conservadoras e fará um discurso no evento.

      A proximidade com Trump e a tentativa de firmar a Argentina como um bastião da direita global demonstram o foco de Milei em consolidar sua liderança no cenário internacional. No entanto, as medidas econômicas adotadas em seu governo continuam gerando divisões internas, com críticas de opositores sobre os impactos sociais do ajuste fiscal e a desregulamentação econômica.

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