“O Brasil tem potencial para ser a grande referência mundial em restauro florestal”, diz Tereza Campello
Parceria entre BNDES e Petrobras destina R$ 1,5 bilhão para reflorestar a Amazônia e consolidar o mercado de crédito de carbono
247 – “O Brasil tem potencial para ser a grande referência mundial nessa área de restauro florestal.” A afirmação da diretora socioambiental do BNDES, Tereza Campello, durante o lançamento de um ousado programa de reflorestamento, sintetiza a ambição do projeto conjunto com a Petrobras, que pretende reposicionar o país na vanguarda da economia verde. A iniciativa ProFloresta+, anunciada nesta semana, marca um passo histórico para o fortalecimento do mercado brasileiro de crédito de carbono.
Com investimento estimado em R$ 1,5 bilhão ao longo de 20 anos, o programa-piloto visa restaurar ao menos 15 mil hectares de áreas degradadas na Amazônia, com o plantio de 25 milhões de árvores nativas. O impacto ambiental será acompanhado de um robusto efeito socioeconômico: 6.700 empregos verdes devem ser criados ao longo do processo. Segundo Campello, “não estamos tratando de doações ou projetos de desmatamento evitado; trata-se de reflorestamento com espécies nativas e modelo de negócios sustentável”.
A proposta inverte a lógica do setor, ao introduzir contratos firmes de compra de créditos de carbono — por parte da Petrobras — e financiamentos estruturados e acessíveis — via BNDES. O objetivo é dar previsibilidade às empresas e fortalecer a cadeia produtiva da restauração florestal, especialmente em regiões como o Arco da Restauração, onde a degradação ambiental foi mais intensa.
“Estamos criando uma demanda firme que atrairá empresas sérias para um setor que ainda engatinha, mas que tem enorme potencial. O contrato que estamos colocando em consulta pública será referência para todo o mercado brasileiro”, afirmou Campello. O edital do primeiro leilão de crédito de carbono está previsto para julho, e a expectativa é que essa iniciativa sirva de modelo para futuras ações no Brasil e no mundo.
Alinhado ao Plano Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa (Planaveg) e às metas climáticas do Brasil (NDC), o projeto visa apresentar resultados concretos até a COP 30, que será realizada em Belém, em 2025. Trata-se da maior iniciativa de pagamento por serviços ambientais já realizada por uma empresa brasileira, com alto potencial de replicação e fortalecimento da posição do Brasil como protagonista na transição ecológica global. Assista:
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