PAC terá R$ 703 milhões voltados para catadores gerirem coleta e tratamento de resíduos na economia circular
Iniciativa beneficiará 442 municípios e fortalecerá cooperativas no setor de reciclagem
247 – O Governo Federal anunciou a destinação de R$ 703 milhões do Novo PAC Seleções para financiar projetos voltados à coleta seletiva, tratamento de resíduos sólidos urbanos e disposição final de rejeitos em aterros sanitários. A medida, apresentada durante o G20 Social, no Rio de Janeiro, beneficiará 442 municípios brasileiros e mobilizará 76 cooperativas e associações de catadores. A informação foi divulgada pela Agência Gov.
Os recursos, provenientes do Orçamento Geral da União e de financiamentos, têm o objetivo de aprimorar a gestão de resíduos sólidos, fortalecer a economia circular e gerar mais de 33 mil empregos diretos e indiretos. As iniciativas selecionadas incluem aquisição de veículos, execução de obras civis e compra de equipamentos, além de ações para promover a inclusão produtiva dos catadores no mercado formal.
Compromisso com sustentabilidade e inclusão
O ministro das Cidades, Jader Filho, destacou o impacto transformador do projeto. “O Brasil tem responsabilidade com os municípios, com os Estados, com o desenvolvimento, com os catadores e com o futuro deste país. Este é um passo decisivo para modernizar a gestão de resíduos sólidos e promover o protagonismo dos catadores na economia circular”, afirmou.
O secretário especial do Novo PAC da Casa Civil, Maurício Muniz, reforçou o alinhamento da medida com as prioridades do presidente Lula, enfatizando a responsabilidade ambiental e o potencial de inclusão social. “Essa seleção agrega diversos segmentos da sociedade, como os catadores, além de fortalecer a economia circular e a coleta seletiva, pilares fundamentais para o desenvolvimento sustentável”, declarou.
Exemplo de sucesso e inovação em gestão
Entre os modelos inspiradores para essa iniciativa está o projeto pioneiro das cooperativas Acamarango, em Reserva, e ReciclaTB, em Telêmaco Borba, no Paraná. As cooperativas, que já faziam parte do Programa de Resíduos Sólidos da Klabin, foram transformadas em franquias sociais por meio de uma parceria entre a Klabin, a Ambipar Environment e prefeituras locais.
O modelo de franquia social aumentou a renda dos catadores, elevando o salário médio de R$ 1.200 para R$ 4.000, e proporcionou melhorias significativas nas condições de trabalho. “Com a ajuda da Klabin, conseguimos um preço maior para os resíduos e aumentamos nossa renda no fim do mês”, afirmou Leonir dos Santos, presidente da Acamarango.
Esse exemplo reforça como a economia circular, baseada na reutilização e reciclagem de materiais, pode transformar realidades, promovendo trabalho decente e reduzindo desigualdades.
Metas ambiciosas e futuro promissor
O Novo PAC Seleções, lançado em 2023, já viabilizou mais de R$ 65 bilhões para projetos de infraestrutura, saneamento e mobilidade urbana. A segunda etapa do programa, prevista para 2025, promete ampliar ainda mais os investimentos.
A expectativa é que os projetos voltados à economia circular e gestão de resíduos contribuam significativamente para que o Brasil se consolide como referência em sustentabilidade na América Latina.
Com o fortalecimento das cooperativas e a ampliação da economia circular, o Brasil não só avança na gestão ambiental, mas também cria um ambiente de inclusão produtiva e desenvolvimento econômico para trabalhadores vulneráveis, promovendo uma verdadeira transformação social e ambiental.
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