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    Advogado de ex-assessor de Bolsonaro é detido por desacato durante julgamento de trama golpista pelo STF

    Presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, determinou a lavratura de um boletim de ocorrência e, em seguida, a liberação de Sebastião Coelho

    Pedro França/Agência Senado (Foto: Pedro França/Agência Senado)
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    247 - O advogado Sebastião Coelho, que defende o ex-assessor internacional da Presidência Filipe Martins, foi detido nesta terça-feira (25) no Supremo Tribunal Federal (STF) por desacato, durante a sessão que analisa a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Jair Bolsonaro (PL) e outros sete aliados por participação em uma tentativa de golpe de Estado. As informações são do jornal O Globo.

    Segundo nota divulgada pela Corte, o ex-desembargador foi preso em flagrante pela Polícia Judicial após proferir ofensas e desacatar o tribunal. O presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, determinou a lavratura de um boletim de ocorrência e, em seguida, a liberação imediata do advogado.

    A confusão começou quando Coelho tentou acessar a sala de sessões da Primeira Turma, onde os ministros julgavam se transformam Bolsonaro e outros denunciados em réus. Filipe Martins, no entanto, não faz parte do "núcleo central" da trama — foco da análise neste momento, segundo o Supremo. Por essa razão, o defensor não teve acesso ao local.

    A tentativa frustrada de entrada do advogado desencadeou mais um episódio de tumulto no STF. Um grupo de deputados bolsonaristas, liderados pelo deputado Tenente Zucco (PL-RS), também foi barrado pelos seguranças da Corte. Eles alegaram ter ido ao julgamento para demonstrar apoio a Bolsonaro, que esteve presente na sessão. No entanto, não haviam encaminhado previamente os nomes para a segurança, como exige o protocolo da Corte.

    Ao serem impedidos de entrar, os parlamentares protestaram, gritaram e bateram boca com os funcionários do Supremo. "Nesse sentido, nós estamos aqui, deputados da liderança da oposição, ficaremos hoje e amanhã para aprendermos que direito eles querem ensinar à sociedade brasileira. O mundo está atento ao que vai acontecer no dia de hoje", declarou Zucco, ainda na entrada da Primeira Turma, antes de ser informado de que não poderia entrar.

    Os agentes de segurança pediram a identificação dos deputados presentes, que incluíam nomes como os parlamentares bolsonaristas de Zé Trovão, Maurício do Vôlei, Evair de Melo, Paulo Bilynskyj, Delegados Caveira, coronel Meira, Gustavo Gayer, Osmar Terra, Sanderson, Carlos Jordy, capitão Alden e Sargento Fahur.

    Com a sala já lotada e a sessão em andamento, os seguranças explicaram que o acesso só seria possível com cadastro prévio — exigência que os parlamentares ignoraram. Mesmo assim, insistiram em permanecer no local por algum tempo, com gritos de indignação ecoando pela recepção do Supremo.

    Segundo relato de bastidores, os deputados decidiram ir pessoalmente ao julgamento após saberem que Bolsonaro compareceria. Até a véspera da sessão, o ex-mandatário cogitava assistir ao julgamento de casa, da sede do PL ou da residência de Zucco.

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