"Câmara já tem quórum para aprovar a anistia", diz Bolsonaro sobre projeto que beneficia golpistas do 8/1
"O que sinto, conversando com parlamentares, como os do PSD, é que a maioria votaria favorável", disse o ex-mandatário
247 - Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta terça-feira (18) que já há maioria na Câmara dos Deputados para aprovar a anistia aos envolvidos nos ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023. A declaração ocorre em meio à expectativa de que ele seja denunciado ainda nesta semana pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por tentativa de golpe de Estado.Bolsonaro reuniu-se com parlamentares da oposição no Senado e indicou que recebeu o aval do presidente do PSD, Gilberto Kassab, para avançar com a pauta.
“Há dez dias conversei com Kassab, conversa reservada. Ele falou já parte do que aconteceu. Hoje o que eu sinto, conversando com parlamentares, como os do PSD, é que a maioria votaria favorável. Acho que na Câmara já tem quórum para aprovar a anistia”, disse Bolsonaro, de acordo com o jornal O Globo.
Durante o encontro, Bolsonaro também reagiu à condenação imposta pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que o tornou inelegível por ataques à lisura do pleito de 2022. “Por que eu estou inelegível pela Justiça Eleitoral? Por ter me reunido com embaixadores? Eu não me reuni com traficantes no morro do Alemão. Por que discursei no 7 de Setembro? Usei os meios do 7 de Setembro para angariar eleitores? Acabou o desfile, entreguei a faixa, subi no carro de som e fui falar com o povo. Isso é motivo de inelegibilidade? Eles querem negar a democracia e me proibir de disputar a eleição. Estão com medo do quê? A pesquisa hoje diz que estou cinco pontos na frente do ‘nove dedos’ (Lula), inclusive a dona Michelle (Bolsonaro) na frente dele. É sinal que ele (Lula) está derretendo, é incompetente, o povo está sofrendo”, afirmou.
A PEC da anistia aos condenados pelos atos golpistas do 8 de Janeiro está paralisada na Câmara dos Deputados. No final do ano passado, o então presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), anunciou a instalação de uma comissão especial para analisar o assunto. A Comissão, porém, ainda não foi formalizada.
O ex-mandatário também atacou a lei da Ficha Limpa, vista por ele aliados como uma chance de reverter a decisão do TSE que o tornou inelegível até 2030 pelo TSE por crimes eleitorais “O pessoal está entendendo que a Lei da Ficha Limpa é usada para perseguir a direita”, disparou.
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