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Crescimento da economia, melhoria do emprego e renda; veja os principais destaques da entrevista de Lula desta segunda-feira

Presidente destacou o progresso da economia brasileira, o compromisso fiscal e os investimentos do Governo Federal para aprimorar a infraestrutura e melhorar a vida da população

Presidente Lula durante entrevista à CBN (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

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247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva concedeu, nesta terça-feira (18), uma entrevista à rádio CBN, na qual destacou o progresso da economia brasileira, o compromisso fiscal e os investimentos do Governo Federal para aprimorar a infraestrutura do país e melhorar a vida da população. “Estou disposto a discutir o orçamento com a maior seriedade com Câmara, Senado, imprensa, empresários, banqueiros, mas para que a gente faça com que o povo mais humilde, o povo trabalhador, o povo que mais necessita do Estado não seja prejudicado, como em alguns momentos da história foi", disse Lula.

O presidente ressaltou que “você não pode gastar o que você não tem, só pode gastar o que ganha. Se tiver que fazer uma dívida, tem que fazer para aumentar alguma coisa na sua vida. É assim que prezo a minha consciência política. Ou seja, temos que gastar corretamente aquilo que temos. É por isso que estamos fazendo um estudo muito sério sobre o orçamento”, declarou o presidente Lula.

Ele também destacou o crescimento de 2,9% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023, acima do que estimava o mercado, e o lançamento do Novo PAC [Projeto de Aceleração do Crescimento], que prevê R$ 1,7 trilhão de investimentos públicos e privados em infraestrutura.

Por esses motivos, demonstrou confiança de que a economia brasileira seguirá em expansão. “Não tenha dúvida de que, quando eu terminar o mandato, o Brasil vai estar muito bem — como esteve em 2010. A economia vai continuar crescendo, o emprego vai continuar crescendo, o salário vai continuar crescendo, a inflação vai estar controlada”.

Confira alguns dos principais trechos da entrevista:

ORÇAMENTO — De vez em quando as pessoas jogam a responsabilidade dos gastos nas políticas sociais que você está implantando, que é para resolver a melhoria da qualidade de vida do povo. O que me deixa preocupado é que as mesmas pessoas que falam que é preciso parar de gastar são as pessoas que têm R$ 546 bilhões de isenção, desoneração de folha de pagamentos, isenção fiscal. Ou seja, são os ricos que se apoderam de uma parte do orçamento do país e se queixam daquilo que você está gastando com o povo pobre. Por isso que eu disse: não me venham querer que se faça qualquer ajuste em cima das pessoas mais humildes. Eu estou disposto a discutir o orçamento com a maior seriedade com Câmara, Senado, imprensa, empresários, banqueiros, mas para que a gente faça com que o povo mais humilde, o povo trabalhador, o povo que mais necessita do Estado não seja prejudicado, como em alguns momentos da história foi.

COMPROMISSO FISCAL — Não gosto de gastar aquilo que não tenho. Aprendi com uma mulher analfabeta, que era minha mãe. Você não pode gastar o que não tem, só pode gastar o que você ganha. Se tiver que fazer uma dívida, tem que fazer para aumentar alguma coisa na sua vida. É assim que prezo a minha consciência política. Ou seja, temos que gastar corretamente aquilo que temos. É por isso que estamos fazendo um estudo sério sobre o orçamento. Se tiver alguém recebendo o que não deve, vai parar de receber. Se tem alguém colocando dinheiro em lugar que não deva, vai parar.

CRESCIMENTO — Você tem um país que está com a economia crescendo acima daquilo que o mercado imaginou. Tem um país gerando mais empregos. Em 17 meses foram 2,4 milhões de empregos formais. Você teve a massa salarial crescendo 11,5%. Tem a situação muito boa do ponto de vista econômico, se comparar o Brasil que pegamos quando chegamos. Está tendo mais investimento, tem o PAC, são R$ 1,7 trilhão de investimento. O PAC está todo lançado, em andamento, e é por isso que eu digo que, este ano, é o ano da colheita. Não tenha dúvidas de que o Brasil vai terminar muito bem. Quando eu terminar o mandato, o Brasil vai estar muito bem — como esteve em 2010. A economia vai continuar crescendo, o emprego vai continuar crescendo, o salário vai continuar crescendo, a inflação vai estar controlada. Quase crescemos 3%, foram 2,9% (crescimento do PIB do Brasil em 2023). Agora, vamos crescer outra vez. Vamos crescer porque nós estamos fazendo com que a economia cresça. Criamos um programa de Nova Indústria Brasil para fazer investimento em indústria. Estamos tentando fazer investimento na bioeconomia. Estamos tentando trabalhar a transição energética com uma força extraordinária. Nunca um país teve tanta possibilidade no setor energético como agora. E não vamos jogar fora as oportunidades.

JUROS — Todos os bancos que recebo demonstram que não há país com mais otimismo do que o Brasil. Somos o segundo país em receber investimento externo. Ora, então, nós temos uma situação que não necessita essa taxa de juros. O Brasil não pode continuar com a taxa de juros proibitiva de investimentos no setor produtivo. Como é que você vai convencer um empresário a fazer investimento se ele tem que pagar uma taxa absurda. Então, é preciso baixar a taxa de juros, compatível com a inflação. A inflação está totalmente controlada.

GESTÃO — Quando peguei o governo em 2003, peguei um governo com sinal de crise econômica, mas era um governo que tinha passado por um momento de crescimento, depois um momento de queda e um processo de recuperação. Levamos um tempo, colocamos a casa em ordem e conseguimos fazer o país crescer. Agora pegamos um país semidestruído. Todas as políticas públicas tivemos que reconstruir. Nós até hoje temos ministérios que têm 30% dos funcionários que tinha em 2010, quando deixei a Presidência. Não é possível pensar em reconstruir o Brasil, cuidar do meio ambiente, da Amazônia, do Pantanal, dos Pampas, do Cerrado, da Caatinga, do pobre, da educação assim, com o governo desmontado. Então passamos um tempo montando o governo. Eu encontrei o governo dessa vez muito pior. E vou deixá-lo muito melhor.

POLÍTICAS PÚBLICAS — O meu compromisso é fazer com que o país volte a crescer de forma serena, madura e consistente. É que a massa salarial volte a crescer de forma consciente, madura e consistente. É que a gente recupere o salário mínimo a cada passo que a gente puder para que o salário mínimo melhore a qualidade de vida das pessoas. Se a gente conseguir fazer isso, o que vai acontecer? Todo mundo vai ganhar. O empresário vai ganhar porque o povo vai virar consumidor dos seus produtos. O trabalhador vai ganhar porque vai viver melhor. Eu já fiz, nesses 16 meses, mais política de inclusão social do que fiz durante os oito anos passados. Agora, o fato de ter lançado não significa que chegou na ponta. Ela vai chegar, mas leva um período. E nós estamos trabalhando nisso.

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