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      Dados mostram que Brasil foi o segundo país mais espionado pela CIA

      Durante a Guerra Fria, país ficou atrás apenas de Cuba, que, segundo os arquivos do assassinato de JFK, conduzia atividades "subversivas" no Brasil

      CIA (Foto: Reuters)
      Leonardo Sobreira avatar
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      247 - Em 1961, durante o auge da Guerra Fria, o Brasil tornou-se o segundo país que recebeu o maior investimento de recursos da agência de espionagem americana, a CIA, de acordo com documentos relacionados ao assassinato do ex-presidente dos Estados Unidos John F. Kennedy, divulgados pelo presidente Donald Trump.

      Naquele ano, foram investidos quase 1,5 milhão de dólares em operações no Brasil, colocando o país atrás apenas de Cuba, onde os gastos ultrapassaram 41 milhões de dólares em ações da CIA, conforme registros disponíveis no site do National Security Archive.

      O Brasil é mencionado em parte dos registros divulgados. Um dos documentos faz referência a uma possível oferta de assistência da China e de Cuba em 1961, enquanto outro examina a suposta influência cubana e uma alegada "operação de propaganda" liderada pelo país caribenho.

      Segundo um dos arquivos, Mao Tsé-Tung, então líder do Partido Comunista da China, e Fidel Castro, então líder de Cuba, teriam oferecido "materiais", "suporte" e "voluntários" a Leonel Brizola, na época governador do Rio Grande do Sul, em agosto daquele ano. O documento da CIA destaca que Brizola agradeceu a oferta de ajuda dos líderes cubano e chinês, mas acabou recusando-a, temendo retaliações dos Estados Unidos.

      Em outro trecho, um documento destaca que a derrubada do então presidente João Goulart e o estabelecimento da ditadura no Brasil representaram uma "severa derrota" para Cuba.

      Na seção dedicada especificamente ao Brasil, o documento alega que, antes da queda de João Goulart, Cuba estava envolvida em "atividades subversivas" no país, fornecendo "fundos", treinamento de guerrilha e apoio propagandístico a grupos comunistas e pró-comunistas.

      Essas operações teriam sido conduzidas principalmente por meio da embaixada cubana no Rio de Janeiro. Além disso, de acordo com os registros americanos, o embaixador cubano teria declarado, em conversas reservadas, que Brizola teria as "melhores perspectivas para iniciar" uma revolução no Brasil. (Com informações da CNN Brasil). 

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