Defesa de Bolsonaro vai pedir anulação da delação de Mauro Cid e pede mais tempo para analisar denúncia da PGR
Ministro do STF Alexandre de Moraes derrubou o sigilo da delação premiada do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro nesta quarta-feira
247 - O advogado Celso Vilardi, que defende Jair Bolsonaro (PL) no âmbito do chamado inquérito do golpe, afirmou que entrará com um pedido para anular a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. O conteúdo da delação foi tornado público na última quarta-feira (19), com os vídeos das audiências sendo publicizados nesta quinta-feira (20). “A delação vai ser questionada” afirmou Vilardi ao jornal O Globo.
De acordo com o defensor, o pedido de anulação será baseado no fato de que Cid, em áudios gravados e vazados à revista Veja, alegou que policiais federais estariam tentando forçá-lo a fornecer informações que ele não sabia. Porém, ao falar com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, Cid afirmou que nunca foi pressionado e confirmou seu interesse em fazer a delação.
Ainda de acordo com a reportagem, Vilardi também questionará o fato de Cid ter mudado sua versão em diferentes depoimentos e quebrado o sigilo da delação, o que pode comprometer a validade do acordo. O advogado também criticou a postura de Moraes durante a audiência com Cid, realizada em novembro do ano passado, quando o ministro afirmou que o colaborador precisaria apresentar "fatos" e que aquela era "a última chance" para ele dizer a verdade. “A questão não é nem a bronca. O juiz não pode fazer o papel da instrução na colaboração premiada”, afirmou Vilardi.
Nesta quinta-feira, o advogado também solicitou a ampliação do prazo para analisar os autos e elaborar a defesa de Bolsonaro. Embora Moraes tenha concedido um prazo de 15 dias a todos os envolvidos, Vilardi pediu 83 dias, o mesmo tempo que a Procuradoria-Geral da República (PGR) levou para analisar os autos e elaborar a denúncia que acusa o ex-mandatário de tramar um golpe de Estado.
Por fim, o defensor indicou que estuda a possibilidade de solicitar que o julgamento do caso seja feito no plenário do Supremo, e não na Primeira Turma, composta por apenas cinco ministros.
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