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    Dino cita Hitler e Mussolini em voto no julgamento de Bolsonaro por tentativa de golpe

    Ex-mandatário se tornou réu por decisão da Primeira Turma da Corte

    Flávio Dino - 26/03/2025 (Foto: Rosinei Coutinho/STF)
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    247 - Durante o julgamento que tornou Jair Bolsonaro réu por tentativa de golpe de Estado nesta quarta-feira (26), o ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), mencionou os ex-ditadores fascistas da Alemanha e da Itália, Adolf Hitler e Benito Mussolini, respectivamente. 

    “Aqueles que, nos anos 1920 e 1930 do século XX, normalizaram a chegada de Mussolini e Hitler ao poder dizendo ‘este é um processo normal’, certamente se arrependeram quando viram as consequências nos odientos campos de concentração, vitimando o povo judeu e outras tantas minorias na Europa”, afirmou Dino enquanto proferia seu voto. 

    O magistrado, bem como os demais integrantes da Primeira Turma do STF, votou por aceitar a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o núcleo 1 da tentativa de golpe. 

    Os ministros acompanharam o voto do relator do caso, Alexandre de Moraes, no sentido de que a denúncia da PGR apontou haver indícios de crimes contra Bolsonaro e mais sete acusados. 

    Encaminhada pela PGR ao Supremo em 18 de fevereiro, a denúncia posiciona Bolsonaro como líder de uma organização criminosa que agiu para contrariar o resultado das urnas após a derrota do então presidente na eleição de 2022 para o agora presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

    O ex-mandatário e os demais são acusados de cinco crimes: organização criminosa armada; tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; dano qualificado contra o patrimônio da União; deterioração de patrimônio tombado.

    A expectativa no STF, segundo uma fonte ouvida pela Reuters, é que o julgamento do mérito em si aconteça em outubro.

    Além de Bolsonaro, também tornaram-se réus o general da reserva Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e candidato a vice na chapa de Bolsonaro em 2022; o general da reserva Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa de Bolsonaro; o general da reserva Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI); o almirante da reserva Almir Garnier, ex-comandante da Marinha; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres e o ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Alexandre Ramagem.

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