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Ex-tesoureiro do PT pede ao STF que seja reconhecida parcialidade de Moro em condenação

A defesa de Vaccari argumenta que a condenação do ex-tesoureiro resultou de uma estratégia coordenada entre o ex-juiz e os procuradores da Lava Jato

João Vaccari Neto e Sérgio Moro (Foto: Agência Brasil)

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247 – O ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto apresentou uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a anulação das decisões proferidas pelo ex-juiz suspeito Sergio Moro nos processos da Lava Jato.

O pedido chegou na Corte em outubro de 2023 e aguarda análise do ministro Gilmar Mendes. A defesa de Vaccari busca que seja reconhecida a parcialidade de Moro, expandindo os efeitos da decisão que declarou o ex-juiz parcial em processos envolvendo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

No documento apresentado, a defesa de Vaccari argumenta que a condenação do ex-tesoureiro resultou de uma estratégia coordenada entre Moro e os procuradores da Lava Jato em Curitiba, alegando uso indevido do processo para fins ilegítimos.

Em um despacho assinado em 23 de fevereiro, Gilmar Mendes reconheceu a admissibilidade do pedido de Vaccari e indicou que o STF deveria analisá-lo. Nesta semana, Mendes anulou todas as ações do ex-juiz contra José Dirceu relacionadas à Lava Jato, citando evidências de uma coordenação entre Moro e a força-tarefa para acusar e processar Dirceu.

“Embora seus esforços tenham se voltado particularmente contra a maior liderança do partido [Lula], o consórcio seguia uma cartilha mais ampla: a ideia era garantir que o juiz estivesse na dianteira de uma narrativa que culminaria na efetivação de um projeto de poder, cujo itinerário passava por deslegitimar o PT e suas principais lideranças, como José Dirceu, que, ao lado de Lula, fundou o partido em 1980”, escreveu em decisão.

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