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    Governo acelera proibição de uso do cartão Bolsa Família em apostas

    Após constatar endividamento de beneficiários, Lula pede providências urgentes para proteger famílias vulneráveis

    Divulgação

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    247 – Em resposta ao crescente impacto das apostas esportivas (bets) entre a população mais vulnerável, o presidente Lula (PT) demonstrou profunda preocupação ao seu corpo de auxiliares durante viagem a Nova York. O chefe do Executivo foi informado sobre o alarmante aumento de endividamento de beneficiários do Bolsa Família, causado pelo uso do cartão do programa social para realizar apostas. Segundo informações fornecidas pelo Banco Central, somente no mês de agosto, foram gastos R$ 3 bilhões em apostas realizadas por beneficiários via Pix.

    Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, destacou que o presidente exigiu "urgentes providências" para reverter esse cenário. “O presidente defende que o Bolsa Família é destinado à alimentação e às necessidades básicas das famílias beneficiárias. Ele pediu urgência para garantir que esse recurso não seja desviado para outras finalidades”, afirmou Dias. Como parte da resposta do governo, está prevista a proibição do uso do cartão do Bolsa Família para apostas.

    A regulamentação das apostas, que está sendo coordenada pelo Ministério da Fazenda e pela Casa Civil, incluirá uma regra que proibirá o uso do cartão de benefícios sociais para jogos de azar. Além disso, o controle das apostas será feito com base no CPF de cada jogador, como explicou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na última quarta-feira (25). “Você terá o CPF de quem está apostando. Tudo será sigiloso, mas poderemos monitorar aqueles que apresentam sinais de dependência psicológica do jogo”, afirmou Haddad, ressaltando que o sistema permitirá alertar as autoridades em casos de apostas excessivas.

    A falta de regulamentação do setor de apostas foi um dos pontos que Lula criticou em relação ao governo anterior. A liberação das apostas ocorreu em 2018, durante o governo Michel Temer, mas a regulamentação prevista pela legislação não foi implementada durante os quatro anos do governo Jair Bolsonaro, o que contribuiu para o crescimento descontrolado desse mercado. Lula mencionou que a omissão de Bolsonaro agravou a situação, permitindo que milhões de brasileiros, especialmente os mais pobres, se envolvessem em apostas sem qualquer proteção.

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