Jaques Wagner: Governo tem consciência de que precisa controlar gastos, mas não joga sozinho na democracia
O líder do governo no Senado ainda compartilhou as expectativas para a segunda metade do mandato do presidente Lula e comentou a atuação do Congresso
247 – O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT), compartilhou as expectativas para a segunda metade do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e comentou a atuação do Congresso Nacional. Em entrevista ao portal A Tarde, Wagner também destacou as dificuldades enfrentadas na implementação do pacote fiscal e o impacto das decisões parlamentares na economia.
“Nós vivemos numa democracia e fica parecendo que tudo que saiu do forno foi como o Executivo queria. Em geral não é e nunca será. Quando chega ao Congresso Nacional, ele tem o direito de interagir com aquilo que foi feito. É evidente que o pacote não está como a gente desejava. Mas aí não adianta botar essa responsabilidade em quem não a tem, que é o Executivo. O Congresso reagiu, como reagiu às decisões do ministro do STF, Flávio Dino, sobre emendas parlamentares”, afirmou.
Segundo Wagner, parte dos desafios econômicos enfrentados pelo governo está relacionada às decisões parlamentares. Ele enfatizou que o Executivo tem consciência da necessidade de controlar gastos, mas que “não joga sozinho na democracia”.
“Outro exemplo: o Congresso prorrogou o Perse (Programa Emergencial de Retomada do Setor de Serviços) e as desonerações tributárias em cima de uma série de setores sobre folha de pessoal. Só essas duas juntas deram R$ 45 bilhões. E R$ 45 bi foi o gap que nós tivemos, o que eles chamam de dívida. Essas coisas não são da responsabilidade do governo, mas tenho que respeitar o Congresso Nacional. O Congresso incrementou emendas, incrementou um leque de renúncias fiscais e depois a responsabilidade do equilíbrio fiscal é só do governo. O Executivo é uma parte, mas muita despesa é sugerida ou criada pelo próprio Congresso”, continuou.
Eleições em 2026
Ao abordar a saúde e disposição do presidente Lula, Wagner afirmou que ele está em plena forma e preparado para disputar uma eventual reeleição em 2026.
“Eu falei com o presidente agora no dia 31, para desejar um bom ano, e ele tinha acabado de fazer um novo exame. Está tudo bem. Perguntei como ele estava. Ele disse que estava 99%, chegando aos 100% já, já”, afirmou. “Ele é um cara que todos os dias, às 6h da manhã, está em cima da esteira, pega peso, joga bola. Teve esse incidente doméstico e Graças a Deus está tudo superado, por mais que a gente tenha passado um susto, porque foi na cabeça. Olhando hoje, eu não vejo necessidade de nenhum plano B. Na minha opinião, o candidato será ele”.
Cenário político na Bahia
No âmbito estadual, o senador defendeu a formação de uma chapa envolvendo o atual governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, e dois ex-governadores: Rui Costa e ele próprio.
“Eu acho que essa chapa, você poderia batizar de trio do sucesso. Porque são três governos que fizeram a Bahia prosperar e muito, se modernizar e muito”, disse Wagner, reforçando a coesão política do grupo.
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