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    Lula exonera ministros temporariamente para reforçar apoio no Congresso antes de votação do pacote fiscal

    Pelo menos três membros do primeiro escalão foram exonerados

    Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

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    247 - O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu nesta terça-feira (3) exonerar três ministros em meio à apresentação de emendas no Congresso Nacional: Carlos Fávaro, ministro da Agricultura, que é senador. O outro é Celso Sabino, ministro do Turismo e deputado federal. O terceiro é André Fufuca, ministro do Esporte, que é deputado federal.

    Os três ministros deverão ficar fora do governo federal enquanto empenham suas fatias do orçamento no Congresso. O Supremo Tribunal Federal (STF) voltou a liberar as emendas parlamentares, importante mecanismo de negociação entre Executivo e Legislativo.

    Emenda parlamentar é um instrumento que pode acrescentar na elaboração do orçamento anual. Ao menos desde 2015, o Congresso vem ampliando seu domínio sobre o Orçamento da União. Na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2024, por exemplo, foram inseridos mais de R$ 49,2 bilhões em emendas. Há dez anos, em 2014, esse valor era de R$ 6,1 bilhões.

    Confira abaixo os principais tipos de emendas parlamentares ao Orçamento da União e qual o valor correspondente na LOA 2024, com dados do Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento (Siop):

    *Emendas individuais (RP6) - São previstas desde a promulgação da Constituição de 1988. Desde 2015, se tornaram impositivas, isto é, de execução obrigatória. Em 2024, foram autorizados R$ 25,1 bilhões em emendas desse tipo, R$ 37,9 milhões para cada deputado e R$ 69,6 milhões para cada senador. Do total, R$ 8,2 bilhões são de transferência especial, as emendas Pix, que foram criadas pela Emenda Constitucional 105/2019. Até o momento, o governo já pagou efetivamente R$ 14 bilhões das RP6 neste ano, dos quais R$ 4,5 bilhões em emendas Pix.

    *Emendas de bancadas dos estados e DF (RP2 e RP7) - São impositivas desde 2019. No orçamento de 2024, correspondem a R$ 8,5 bilhões, dos quais R$ 1,7 bilhão foi pago até o momento. Cada estado pode arrecadar até R$ 316,9 milhões.

    *Emendas de comissões permanentes do Congresso (RP8) - Não são impositivas nem previstas pela Constituição. A existência dessas emendas consta na Resolução 1/2006 do Congresso Nacional. Cada comissão permanente da Câmara, do Senado ou Mista pode apresentá-las. Em 2024, corresponderão a R$ 15,4 bilhões no orçamento, dos quais R$ 7,4 bilhões já foram efetivamente pagos (com Abr).

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