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      Lula irá à China em maio para mais um encontro com Xi Jinping

      Viagem de Lula à China será sua segunda em pouco mais de dois anos, em um momento global marcado pela guerra comercial deflagrada pelos EUA

      Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante reunião com o Presidente da República Popular da China, Xi Jinping, no Palácio da Alvorada. Brasília - DF. Foto: Ricardo Stuckert/PR (Foto: Ricardo Stuckert/PR)
      Paulo Emilio avatar
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      Reuters - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva viajará à China no próximo mês, no que será a segunda visita ao país em pouco mais de dois anos e o terceiro encontro com o presidente chinês, Xi Jinping, reforçando a aproximação entre as duas nações em um momento de instabilidade no cenário global.

      Lula participará, em Pequim, do encontro Celac-China no dia 13 de maio, informou o Palácio do Planalto. A data foi acertada durante a cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) em Honduras, esta semana, e foi alterada para que o presidente brasileiro pudesse participar.

      A reunião, marcada inicialmente para junho, foi antecipada depois que Xi convidou Lula para participar. Originalmente, o encontro seria apenas em nível de ministros das Relações Exteriores.

      De acordo com uma fonte diplomática brasileira, Lula condicionou sua ida à China a uma data próxima da sua viagem à Rússia, onde participará, em 9 de maio, do Dia da Vitória, a convite do presidente russo, Vladimir Putin. A avaliação é que seria inviável fazer duas viagens longas no mesmo mês e pouco antes da cúpula dos Brics no Rio de Janeiro, em julho.

      Além de Lula, participarão do encontro em Pequim a presidente de Honduras, que ocupava a presidência da Celac, e os líderes da Colômbia e do Uruguai, que assumirão a entidade em sequência. Lula terá reuniões privadas com Xi durante a visita a Pequim.

      Xi já confirmou também sua presença na cúpula dos Brics, em mais uma oportunidade para os dois presidentes conversarem. O presidente chinês também deverá vir ao Brasil para a cúpula de chefes de Estado da reunião climática global COP30, em novembro, em Belém.

      Os diferentes encontros em pouco mais de dois anos de mandato de Lula -- incluindo duas visitas de Estado, uma de cada lado -- mostram o fortalecimento da relação entre Brasil e China desde a posse do brasileiro. Em novembro do ano passado, durante a visita oficial de Xi a Brasília, foram assinados 37 acordos bilaterais, em temas que vão de internet por satélite à educação.

      A China é o maior parceiro comercial do Brasil, com quem o país teve um superávit de US$ 30 bilhões em 2024. Em meio a um cenário geopolítico instável, e com a política comercial norte-americana de distribuir tarifas pelo mundo, a aproximação com os chineses se torna inevitável, segundo a fonte brasileira.

      "O caminho natural é buscar alternativas. China é uma delas, assim como os Brics, assim como conseguir fechar o acordo Mercosul-União Europeia", disse.

      "Eu chamaria isso de uma política de redução de riscos. Hoje, a relação com os Estados Unidos tem um alto nível de risco, então é uma inclinação natural a busca por alternativas. Nós já temos uma relação próxima com a China, temos muito acontecendo aí", acrescentou.

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