Mensagens reforçam participação de Carlos Bolsonaro na Abin Paralela
De acordo com a PF, a “difusão da desinformação ocorria com a devida ‘marcação’ de integrante do NÚCLEO-POLÍTICO CB - CARLOS BOLSONARO”
247 - A Polícia Federal (PF) apontou que a divulgação de desinformação através da Abin Paralela ocorria através de postagens nas redes sociais que frequentemente marcavam o vereador Carlos Bolsonaro, do Rio de Janeiro e filho de Jair Bolsonaro.
"Vamos difundir isto. Pede pra marcar o CB (CARLOS BOLSONARO)”, escreveu o agente Marcelo Araújo Bormevet, que estava cedido para a Abin. Em outra mensagem, Giancarlo Gomes Rodrigues, do Exército, reitera: “Acho que merece uma Thread marcando o Carlos Bolsonaro...”.
As mensagens se referiam a ataques ao senador Alessandro Vieira (MDB-SE), que entrou com pedidos para Carlos Bolsonaro ser investigado pela CPI da Covid em 2021.
De acordo com a PF, a “difusão da desinformação ocorria com a devida ‘marcação’ de integrante do NÚCLEO-POLÍTICO CB - CARLOS BOLSONARO”.
Os alvos da quarta fase da Operação Última Milha, deflagrada nesta quinta-feira, são: Mateus Sposito, ex-assessor do Ministério das Comunicações no governo Bolsonaro; Richards Pozzer, empresário que divulgava notícias falsas em suas redes sociais; Marcelo Bormevet, policial federal que trabalhava na Abin sob Ramagem; Giancarlo Gomes Rodrigues, militar que também trabalhava na Abin; e o influenciador Rogério Beraldo de Almeida. Até o momento, apenas Almeida não foi preso.
A operação mira o esquema ilegal de espionagem no governo de Jair Bolsonaro. Segundo a PF, a organização criminosa monitorava ilegalmente autoridades públicas, além de produzir notícias falsas, utilizando-se de sistemas da Abin.
A investigação da PF já identificou, entre outras, o monitoramento ilegal das seguinte pessoas:
- os ministros do STF Alexandre de Moraes, Dias Toffoli, Luis Roberto Barroso e Luiz Fux;
- os deputados Arthur Lira, Rodrigo Maia (então presidente da Câmara), Kim Kataguiri e Joice Hasselmann;
- os senadores Alessandro Vieira, Omar Aziz, Renan Calheiros e Randolfe Rodrigues;
- o ex-governador de São Paulo João Doria;
- os jornalistas Monica Bergamo, Vera Magalhães, Luiza Alves Bandeira e Pedro Cesar Batista. (Com informações do Correio Braziliense).
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