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    Militar foi à residência de Alexandre de Moraes para sequestrá-lo, revela PF

    O plano de sequestrar Alexandre de Moraes só não foi colocado em prática por uma alteração na pauta do STF

    Alexandre de Moraes (Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr)

    247 - Investigações da Polícia Federal apontam que um militar foi a quadra onde fica a residência do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para sequestrá-lo no final de 2022, informa o Metrópoles. O agente, como codinome “Gana”, participou de uma operação que previa os assassinatos de Moraes e do presidente Lula (PT) para posterior execução de um golpe de Estado bolsonarista.

    De acordo com as apurações, seis militares participaram dos preparativos para sequestrar e matar Moraes. O grupo se organizou para investir contra a vida do magistrado no dia 15 de dezembro de 2022. “Conforme exposto, de acordo com as mensagens analisadas, Gana estava inicialmente no final do bairro Asa Sul. Em uma das mensagens ele diz: ‘Andei a Asa Sul inteira’. Nesse sentido, os dados obtidos pela investigação confirmaram que o ministro Alexandre de Moraes, em dezembro de 2022, tinha residência funcional [no local]”, diz um trecho do relatório da PF.

    “Ou seja, o ministro residia no final da Asa Sul, endereço que tem pertinência geográfica com a localização de Gana no período da realização da ação clandestina [...] O local inicial, onde a pessoa com o codinome Gana estava para cumprir a ação planejada, reforça que os investigados estavam executando um plano para, possivelmente, prender o ministro Alexandre de Moraes”, completa o documento.

    As investigações mostram que o plano de sequestrar Alexandre de Moraes só não foi colocado em prática por uma alteração na pauta do STF. “Considerando que a ordem para abortar a missão foi dada às 20h59min”, resume o relatório, e há a “contextualização do conteúdo e horários das mensagens, são convergentes com a possibilidade de ‘Gana’ estar nas imediações da residência funcional do Ministro”, diz o documento.

    Chamou a atenção dos investigadores o fato de Gana ter andado e tentado, sem sucesso, pedir um táxi, para evitar o registro de embarque e desembarque em aplicativos como o Uber. De acordo com os diálogos obtidos pela PF, ele andou até o shopping Pátio Brasil, onde foi resgatado pelo tenente-coronel Rafael de Oliveira, preso nesta terça-feira. 

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