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Moraes liga vazamento de mensagens de ex-auxiliar aos "reiterados ataques ao Estado Democrático de Direito e ao STF"

Segundo o ministro, "o vazamento deliberado das informações teria o objetivo de criar uma narrativa fraudulenta sobre a atuação dos servidores"

Ministro do STF Alexandre de Moraes (Foto: STF)

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247 - Ao determinar a abertura de um inquérito para apurar o vazamento de conversas de seus auxiliares no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Alexandre de Moraes conectou a divulgação dessas mensagens ao “contexto de reiterados ataques ao Judiciário”. Segundo a coluna do jornalista Fausto Macedo, do jornal O Estado de S. Paulo, o magistrado também ressaltou que “o vazamento deliberado das informações teria o objetivo de criar uma narrativa fraudulenta sobre a atuação dos servidores nos tribunais”.

O ministro, que é relator do inquérito das fake news, mencionou que o grupo envolvido busca atacar a democracia, com foco especial no STF, pedindo a cassação dos ministros do Supremo e o fechamento da Corte, além de defender o “retorno da ditadura”.

Ainda conforme a reportagem, dois crimes foram mencionados por Moraes como alvo da investigação da Polícia Federal: divulgação de segredo e violação de sigilo funcional, “no contexto de reiterados ataques ao Estado Democrático de Direito e ao STF”.

As considerações do ministro foram reforçadas pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, em um parecer que apoiou a apreensão do celular de Eduardo Tagliaferro, ex-assessor de Moraes. Gonet argumentou que o vazamento seletivo de informações protegidas por sigilo constitucional tinha o claro propósito de “tentar questionar a legitimidade e a integridade de investigações importantes que estão em andamento no STF, como parte de uma estratégia para incitar atos antidemocráticos e desestabilizar as instituições republicanas”.

As primeiras ações do inquérito envolveram Tagliaferro, ex-assessor do TSE. A Polícia Federal coletou seu depoimento nesta quinta-feira (22), no qual ele negou ter divulgado as mensagens e se recusou a entregar o celular que usa atualmente. Após ordem de Moraes, o aparelho foi confiscado. Segundo Tagliaferro, o celular antigo, que continha as mensagens vazadas, foi destruído.

Tagliaferro também relatou como ocorreu a apreensão de seu celular. O aparelho estava com seu ex-cunhado, que foi escoltado até a Polícia Civil para entregá-lo. O incidente aconteceu no ano passado, enquanto Tagliaferro participava de uma audiência de custódia, após ser preso por violência doméstica. A PF também investiga a suspeita de que o vazamento das mensagens tenha ocorrido durante o período de seis dias que o aparelho ficou retido pela Polícia Civil de São Paulo.

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