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    PGR diz que vazamentos de mensagens de ex-assessor de Moraes são tentativa de obstruir investigações

    Segundo Paulo Gonet, o vazamento é uma "estratégia para incitar a prática de atos antidemocráticos e tentar desestabilizar as instituições republicanas"

    Alexandre de Moraes (Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr)

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    247 - O procurador-geral da República, Paulo Gonet, manifestou-se na quinta-feira (22) sobre o vazamento de mensagens de servidores do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com Gonet, o vazamento teve como objetivo colocar em dúvida as investigações envolvendo Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados conduzidas pelo ministro do STF Alexandre de Moraes.

    "Na espécie, o vazamento seletivo de informações protegidas por sigilo constitucional, recentemente publicizado por meio de veículos de comunicação, teve o nítido propósito de tentar colocar em dúvida a legitimidade e a lisura de importantes investigações que seguem em curso no Supremo Tribunal Federal, como estratégia para incitar a prática de atos antidemocráticos e tentar desestabilizar as instituições republicanas", disse Gonet em sua manifestação, na qual também apoiou a ordem de apreensão do celular do ex-servidor do gabinete de Moraes, Mauro Tagliaferro, de acordo com a CNN Brasil

    O procurador-geral também ressaltou que a apreensão do celular era necessária "para que se possa identificar os autores dos vazamentos criminosos praticados e cessar as práticas delitivas, para resguardar a segurança e a lisura de importantes trabalhos investigativos que estão a serviço da coletividade".

    Esta foi a primeira manifestação oficial do PGR sobre o caso, uma vez que o inquérito para apurar o vazamento foi iniciado sem que houvesse um pedido formal da instituição, uma ve que a instituição foi informada da investigação posteriormente à decisão de Moraes.

    Mauro Tagliaferro, que foi chefe de enfrentamento à desinformação no TSE durante a gestão de Moraes, prestou depoimento à Polícia Federal na quinta-feira. Ele afirmou que não foi o responsável pelo vazamento das mensagens que embasaram a reportagem da Folha de S. Paulo que apontam um suposto uso informal do setor de combate à desinformação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pelo gabinete de Moraes. O ministro, por sua vez, nega qualquer irregularidade nos procedimentos adotados.

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